A soja se destaca entre as leguminosas por seu alto valor nutricional, contendo proteínas, algumas vitaminas e minerais em quantidades superiores a outros grãos. Uma excelente opção quando se quer aumentar a quantidade de proteínas da alimentação sem aumentar o consumo de alimentos de origem animal.
A quantidade de gordura presente na soja é superior aos outros grãos, embora seja uma gordura vegetal (isenta de colesterol) e não prejudique nosso perfil lipídico.
Pode ser encontrada para consumo em diferentes formas, como soja em grão, farinha de soja (para o preparo de bolos e pães), extrato de soja (“leite de soja” em pó ou fluido), proteína texturizada (a chamada “carne de soja”), além de estar presente em uma série de outros produtos, como óleos vegetais, massas e biscoitos.
A quantidade de ferro presente na soja, embora seja razoável não é muito biodisponível, ou seja, não é tão bem absorvido pelo organismo quanto o ferro presente nas carnes. Por isso, a soja pode ser um bom substituto para a carne quando se pensa no valor protéico da mesma, porém deve ser suplementada ou associada com outros alimentos para que os outros nutrientes sejam fornecidos ao organismo de maneira adequada.
O consumo diário de soja tem sido associado à prevenção e ao tratamento de algumas doenças devido a presença de fito-hormônios (hormônio de origem vegetal) conhecidos como isoflavonas ou isoflavonóides.
Alguns benefícios de seu consumo são:
- Reduz o risco de doenças cardíacas : Tais substâncias atuam como um elemento antioxidante reduzindo as taxas do colesterol ruim (LDL) no sangue e, conseqüentemente, diminuindo o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
- Reduz o risco de câncer: Pequenas quantidades de soja ou seus derivados por dia parecem prevenir alguns tipos de câncer como o de mama, pulmão, cólon, reto, estômago e próstata.
- Ajuda a prevenir a osteoporose : A ingestão de derivados da soja é uma boa maneira de manter ossos saudáveis e fortalecidos. Os mecanismos de proteção são: o cálcio presente nos derivados ( tofu , leite de soja enriquecido). A proteína da soja ajuda a conservar o cálcio do organismo. As isoflavonas, particularmente a daidezeína, diminuem o processo de reabsorção óssea.
- Controle do diabetes : O diabetes é caracterizado por níveis elevados de açúcar no sangue, em decorrência da falta de insulina ou da utilização inadequada desse hormônio. Os pacientes com a doença apresentam risco elevado de doenças cardíacas, lesões oculares, renais, neurológicas e nos membros. A soja ajuda no combate à doença de duas formas: Reduzem a absorção de glicose para a circulação sangüínea. Tendo em vista que são ricos em fibras, esses alimentos apresentam um baixo índice glicêmico, ou seja, causam uma elevação apenas discreta na concentração de glicose no sangue. São particularmente úteis por facilitarem a ação da insulina. Reduzem os níveis de colesterol e, portanto, ajudam a evitar ou controlar algumas complicações da doença, como a aterosclerose (”entupimento” das artérias).
- Melhora dos sintomas da menopausa: As mulheres que ingerem produtos da soja diariamente apresentam menos episódios de calor e sudorese noturna. Os fitoestrógenos apresentam propriedades semelhantes ao estrógeno humano, embora com menor efeito, melhorando os sintomas da menopausa. Hoje em dia há muitas mulheres utilizando as isoflavonas no lugar de hormônios sintéticos. Há várias pesquisas recentes comprovando a eficácia destas na terapia de reposição hormonal.
Resumindo, a soja é um alimento de alto valor nutricional, possível de ser utilizado nas mais diferentes formas, além de ser uma excelente opção para pessoas que não podem consumir proteínas de origem animal (leite, carnes, ovos etc) por doenças ou alergias alimentares, ou mesmo para aqueles que fazem a opção por uma alimentação vegetariana. Porém, é necessário um bom equilíbrio alimentar ou mesmo uma suplementação quando a soja representa a principal fonte de proteínas da dieta, uma vez que a falta ou a quantidade insuficiente de alguns importantes nutrientes pode causar graves deficiências ao organismo. Procure um nutricionista pois ele poderá ajudá-lo.
O valor da soja na Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica
Profa Dra Rosângela Passos de Jesus
A DHGNA é caracterizada por várias anormalidades hepáticas envolvendo depósito de lipídios no citoplasma dos hepatócitos em pacientes sem consumo excessivo de etanol. Inclui desde a esteatose hepática benigna, até a esteato-hepatite não alcoólica ou NASH, do inglês nonalcooholic steatohepatitis, com achados histopatológicos importantes, como esteato-necrose, corpúsculos de Mallory, fibrose que pode evoluir para cirrose e insuficiência hepatocelular (Adams LA & Talwalkar JA, 2006). A DHGNA está associada com desordens metabólicas, incluindo obesidade central, dislipidemia, resistência à insulina, hipertensão e hiperglicemia. Aspectos relacionados com a ingestão de alimentos e regulação do metabolismo corpóreo por meio de hormônios, fatores de transcrição e vias metabólicas de lipídios são considerados os eixos centrais para o desenvolvimento da DHGNA. A resistência periférica à insulina aumenta a entrada de ácidos graxos livres no fígado, causando desequilíbrio entre a oxidação e exportação dos ácidos graxos livres, o que resulta em acúmulo de gordura no parênquima hepático (Tarantino G et al, 2007).
Os alimentos funcionais são considerados essenciais para promoção e manutenção da saúde. São denominados como produtos alimentícios que produzem benefícios específicos, ou que contêm níveis significantes de componentes biologicamente ativos, que melhoram a saúde, além dos seus nutrientes básicos tradicionais. Os alimentos funcionais possuem componentes biológicos ativos que podem interferir de maneira benéfica na prevenção ou redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis e modulação do metabolismo lipídico (Salgado JM, 2001).
Dentre os alimentos funcionais, destaca-se a soja (glicina max), alimento de grande valor nutricional, por conter alto teor protéico, carboidratos, fibras, minerais como cálcio, zinco e vitaminas do complexo B. A soja contém ainda compostos fitoquímicos bio-ativos como isoflavonóides totais, genisteína, daidzeína, gliciteína e saponina, que possuem propriedades quimioprotetoras já confirmadas clinicamente (Salgado JM, 2001).
Ensaio clinico, tipo cross-over, realizado com mulheres com diabetes tipo 2, mostrou que suplemento dietético com proteína isolada da soja e fitoestrogeno, favoreceu a redução da resistência a insulina (HOMA-IR), o controle glicêmico e lipídico (redução do colesterol total e LDL-c). Portanto, a soja pode trazer benefícios para o tratamento da DHGNA (Jayagopal et al., 2002).
A administração da proteína da soja na dieta dos pacientes com DHGNA pode melhorar os níveis plasmáticos de lipídios, reduzir a glicemia de jejum e aumentar a tolerância à glicose. O mecanismo de ação da soja no manejo de doenças relacionadas a distúrbios do metabolismo lipídico pode ser atribuído aos seguintes efeitos:
A proteína, fibra e isoflavonóides da soja possuem efeito redutor de lipídios plasmáticos;
Os constituintes da soja atuam como agentes protetores contra dislipidemia, favorecem a perda de peso e o controle glicêmico, importantes no tratamento da DHGNA;
A proteína da soja pode alterar ainda o padrão da expressão de genes relacionados ao metabolismo de lipídios no fígado e tecido adiposo, favorecendo a manutenção da homeostase orgânica.
O consumo de soja faz bem para o cérebro
Atribui-se essa falha cerebral as más condições de vida deles, como por exemplo, dormir mal, falta de atividades físicas e principalmente a má alimentação. Hoje a necessidade de fazer muitas atividades ao mesmo tempo, não deixa que as pessoas possam sentar-se e fazer uma refeição prazerosa.
Quem nunca teve o tão famoso “branco” na hora necessária para lembrar algo banal, a memória da um branco, simplesmente não se lembra do que ia falar. É preciso estar atento aos sintomas comandados pelo cérebro avisando que algo não esta bem.
Na soja é encontrada, além de muitos outros nutrientes e vitaminas, a lecitina, que tema função de ativar as células do cérebro, estudos comprovados cientificamente mostraram que pessoas que consomem a pasta de soja como os orientais, tem uma vida saudável e vivem por muito mais tempo.
As doenças cerebrais causadas pela idade avançada como: Alzheimer, depressão e muitas outras podem ser combatidas com o uso da soja. Ela possui uma substancia muito importante que ativa as células do cérebro, a ”Lecitina.” Prova disso são os orientais que acrescentam a soja diariamente nas suas refeições.
Alguns produtos que são a base de soja tem melhor absorção de nutrientes no organismo como é o caso do queijo tofu e do missushyro que são feitos a base da pasta de soja. A soja fermentada representa um ganho nutricional muito maior do que o consumo da soja natural.
Esses alimentos são mais saudáveis por que são fermentados, e no processo de fermentação eles recebem bactérias que quebram a cadeia de nutrientes melhorando a sua digestão no organismo.
A soja também tem:
- Vitamina E que combate o envelhecimento
- Saponina que tem a função de prevenir a esclerose das artérias
- Isoflavona que diminui os efeitos da menopausa causados nas mulheres como: sudorese, cansaço e dores.
- A soja também tem anticancerígenos que previne o câncer de próstata e de mama, é antioxidante, e ainda é usada na redução do colesterol e na osteoporose.
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