FUNÇÕES SECRETORAS GASTROINTESTINAIS - Secreções são feitas por glândulas. - Sob o epitélio gastrointestinal há inúmeras glândulas mucosas = células mucosas = células caliciformes (protegem e ajudam o trato gastrointestinal) - lubrificantes. Estímulos às glândulas gastrointestinais – 1) Contato do alimento com o epitélio. 2) Estimulação autônoma da secreção: - Parassimpática: aumento da secreção glandular. - Simpática: dupla função. a) Secreção da saliva – - Glândulas: - Parótida – serosa (amilase salivar) – realiza digestão do amido. - Submandibular – serosa + mucosa. - Sublingüal – mucosa (mucina) – realiza lubrificação (água + sais + lizosima). - pH do 6,0 a 7,0. - Muito potássio e bicarbonato – em vômitos e perdas salivares deve-se repor principalmente potássio. - Possuidora de muco. - Possuem anticorpos IgA e IgG. - Lizosima (bacteriostática – impede a proliferação das bactérias). - Porções glandulares: Ácinos – responsáveis pelas secreções primárias 1. Amilase salivar e/ou mucina. 2. Muco 3. Líquido extracelular Dutos – - Absorção de sódio. - Secreção de potássio. - Absorção de cloreto. - Secreção de bicarbonato. Obs. Aldosterona aumenta absorção de sódio interferindo na concentração e no volume salivar. Saliva – Necessária para higiêne oral – ataca bactérias (evitando cáries) com a ação da lizosima e imunoglobulinas. b) Secreção Esofágica – - Mucosa – o oitavo final do esôfago possui maior proteção mucosa pela proximidade ao estômago. c) Secreção Gástrica – - Possui 2 tipos glandulares: - Glândulas Oxínticas (ou gástricas) - HCl. - Pepsinogênio. - Muco. - Fator intrínseco. - Glândula pilórica - Muco. - Gastrina – controla secreção gástrica. Obs. Todo o estômago possui células mucosas superficiais que secretam muco muito viscoso protegendo o órgão. Este muco tem propriedades alcalinas. Regulação da secreção gástrica por mecanismos nervosos e hormonais – Acetilcolina: estímulo de todas as células secretoras (HCl, muco, pepsinogênio). Gastrina e histamina: estimulo às células secretoras de HCl. Fases da secreção gástrica – 1. Fase Cefálica (20%): resulta da visão, olfato. Início da mastigação. 2. Fase Gástrica (70%): alimento no estômago estimula a secreção de gastrina que por sua vez ativa a liberação do suco gástrico. 3. Fase Intestinal (10%): alimento na porção inicial do intestino delgado pode estimular a gastrina. d) Secreção Pancreática – Quando houver quimo no duodeno haverá secreção pancreática desaguando no duodeno através da papila de vater. - Enzimas pancreáticas: - Secretadas pelo pâncreas exócrino (ácinos) – SECREÇÃO ECBÓLICA: - Amilase pancreática (amido); - Enzimas proteolíticas: é importante que estas enzimas estejam inicialmente inativas para que não danifiquem o pâncreas. Por isso, este órgão secreta além destas enzimas inativas, os fatores de ativação (fator ativador da tripsina) e também um fator inibidor (inibidor da tripsina). - Tripsinogênio --------- Tripsina; - Quimiotripsinogênio ------- Quimiotripsina; - Procarboxipolipeptidase ------- Carboxipolipeptidase. - DNAses; - RNAses; - Lipase pancreática; - Colagenases. Obs. Pancreatite aguda: obstrução à passagem das enzimas proteolíticas para o duodeno, ficando estas, na região pancreática digerindo o próprio órgão. Esta patologia pode levar ao óbito em poucas horas. Secreção pancreática: Dutos – SECREÇÃO HIDRELÁTICA - Água; - Bicarbonato de sódio (regulam o pH). Em resumo: Ácinos = secreção ecbólica (enzimas); Dutos = secreção hidrelática (água e bicarbonato). Regulação da secreção pancreática – Altos níveis de secretina (quimo ácido) ------- estimulo à secreção hidrelática. Altos níveis de CCK; ACh e gastrina --------- estimulo à secreção ecbólica. Obs. Reação química de neutralização do quimo ácido: Ácido clorídrico + Bicarbonato de sódio -------- Cloreto de sódio + Ácido carbônico Secreção da bile pelo fígado – - Fígado: produção e secreção da bile. Quanto a bile: - Armazena substâncias tóxicas (bilirrubina); - Formam ácidos biliares (sais biliares) que emulsificam as gorduras com ação detergente. - Vesícula biliar sofre ação da CCK. - Sais biliares aprisionam pequenas moléculas de gordura formando MICELAS – função absortiva. - Esfíncter de Oddi: deve ser relaxado para que a bile atinja o intestino. Obs. Circulação êntero-hepática dos sais biliares = circulação feita pela bile antes de ser excretada pelas fezes. Intestino |
| Vesícula Biliar |
Esta reação ocorre 18 vezes antes da excreção. Secreção de colesterol – Cálculos biliares - Excesso de colesterol na bile + inflamação epitelial = cálculo biliar. - Colesterol é excretado na forma de hormônios sexuais, sais biliares e vitamina D na urina. Nas fezes sai na forma de sais biliares e na forma de coprosterol. - O colesterol apresenta as propriedades físico-química dos lipídios mas não são ácidos graxos. - Colesterol é um álcool policíclico de fórmula molecular do ciclopentanoperidrofenantreno. Secreção do intestino delgado – - Glândulas de Brunner (entre piloro e papila de vater) - Secretam muco alcalino – protege o intestino contra a ação do suco gástrico. Obs. Estímulo destas glândulas depende dos níveis de secretina (elevados = estímulo). As inibições destas glândulas deve-se a ação do sistema nervoso simpático – Caso patológico = úlcera péptica (haverá muita adrenalina sendo liberada, desprotegendo o intestino, haverá corrosão). - Intestino delgado possui também inúmeras criptas de Lieberkühn: - Células caliciformes - Secretoras de muco. - Secretoras de água (facilita absorção de nutrientes do quimo). - Células enterócitos - Secretam enzimas: - Peptidases; - Polissacaridases - Dissacaridases. Secreção do intestino grosso – - Secreção mucosa. Ajuda o fluxo da massa fecal. Obs. Irritações provocam secreções de água e eletrólitos = diarréia. |
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