terça-feira, 27 de março de 2012

HÉRNIA DE DISCO

Hérnia de disco


O que é Hérnia de Disco?

A coluna vertebral é composta por vértebras, em cujo interior existe um canal por onde passa a medula espinhal ou nervosa. Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, estão os discos intervertebrais, estruturas em forma de anel, constituídas por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto.

Os discos intervertebrais desgastam-se com o tempo e o uso repetitivo, o que facilita a formação de hérnias de disco, ou seja, a extrusão de massa discal que se projeta para o canal medular através de uma ruptura da parede do anel fibroso. O problema é mais freqüente nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.

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A hérnia de disco é geralmente precedida por um ou mais ataques de dor lombar.
Rupturas irradiando-se patoanatomicamente são conhecidas por ocorrer na parte posterior do anel, indo em direção a áreas nas quais as terminações nervosas descobertas estão localizadas.
(Nachemson AL,1976)

Tipos de Hérnia de Disco

  • Protrusas: quando a base de implantação sobre o disco de origem é mais larga que qualquer outro diâmetro.
  • Extrusas: quando a base de implantação sobre o disco de origem é menor que algum dos seus outros diâmetros ou quando houver perda no contato do fragmento com o disco.
  • Seqüestradas: quando um fragmento migra dentro do canal, para cima, para baixo ou para o interior do forâmen.

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Sintomas da Hérnia de Disco

Os sintomas mais comuns são: Parestesias (formigamento) com ou sem dor na coluna, geralmente com irradiação para membros inferiores ou superiores, podendo também afetar somente as extremidade (pés ou mãos). Esses sintomas podem variar dependendo do local da acometido.
Quando a hérnia de disco está localizada no nível da cervical, pode haver dor no pescoço, ombros, na escápula, braços ou no tórax, associada a uma diminuição da sensibilidade ou de fraqueza no braço ou nos dedos.
Na região torácica elas são mais raras devido a pouca mobilidade dessa região da coluna mais quando ocorrem os sintomas tendem a ser inespecíficos, incomodando durante muito tempo. Pode haver dor na parte superior ou inferior das costas, dor abdominal ou dor nas pernas, associada à fraqueza e diminuição da sensibilidade em uma ou ambas as pernas.
A maioria das pessoas com uma hérnia de disco lombar relatam uma dor forte atrás da perna e segue irradiando por todo o trajeto do nervo ciático. Além disso, pode ocorrer diminuição da sensibilidade, formigamento ou fraqueza muscular nas nádegas ou na perna do mesmo lado da dor.

Causas da Hérnia de Disco

Fatores genéticos têm um papel muito mais forte na degeneração do disco do que se suspeitava anteriormente. Um estudo de 115 pares de gêmeos idênticos mostrou a herança genética como responsável por 50 a 60% das alterações do disco.(backLetter 1995).

Sofrer exposição à vibração por longo prazo combinada com levantamento de peso, ter como profissão dirigir realizar freqüentes levantamentos são os maiores fatores de risco pra lesão da coluna lombar. Cargas compressivas repetitivas colocam a coluna em uma condição pior para sustentar cargas mais altas aplicadas diretamente após a exposição à vibração por longo período de tempo, tal como dirigir diversas horas. (Magnusson ML, Pope ML, Wilder DG, 1996.)

Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão:

  • Trabalho físico pesado
  • Postura de trabalho estática
  • Inclinar e girar o tronco freqüentemente
  • Levantar, empurrar e puxar
  • Trabalho repetitivo
  • Vibrações
  • Psicológicos e psicossociais (Adersson GBJ,1992)

Diagnóstico e exame

O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como Raio-X, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada.

Tratamento para Hérnia de Disco

RMA da Coluna Vertebral
É um programa fisioterapêutico que utiliza técnicas de Fisioterapia Manual, mesa de tração eletrônica, mesa de descompressão dinâmica. Estabilização Vertebral e Exercícios de Musculação. Ele visa melhorar o grau de mobilidade músculo-articular, diminuir a compressão no complexo disco vértebras e facetas, dando espaço para nervos e gânglios, fortalecer os músculos profundos e posturais da coluna vertebral através de exercícios terapêuticos específicos enfatizando o controle intersegmentar da coluna lombar, cervical, quadril e ombro.

Etapas do tratamento

Fisioterapia Manual


Antes de qualquer tratamento que envolva movimentos de rotação óssea, é importante que o terapeuta se assegure de que a amplitude de deslizamento articular é suficiente para evitar qualquer lesão à articulação. Qualquer movimento ativo, contra-resistência ou passivo mais amplo pode lesionar uma articulação se o deslizamento articular subjacente for inadequado. Isso é particularmente válido se o movimento de rotação óssea está próxima ao final de sua amplitude de movimento. Não se pode assumir que uma atividade mobilizadora geral irá melhorar o deslizamento articular. É mais racional examinar , em primeiro lugar, o deslizamento normal e, se necessário, restaurar o deslizamento com tração ou a mobilização por deslizamento.

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Movimentos de tração e deslizamento também podem ser utilizados para manter e melhorar a mobilidade da articulação. Exemplificando: esses movimentos podem diminuir a dor, o espasmo muscular e o edema, melhorando, dessa maneira, a mobilidade sem alongar os tecidos.

A disfunção dos tecidos moles pode alterar o movimento articular e diminuir a eficácia da mobilização-alongamento da articulação. É por isso que o tratamento frequentemente começa com o procedimento visando diminuir a dor e o espasmo muscular ou aumentar a mobilidade dos tecidos moles. Esses procedimentos auxiliares podem também tornar mais fácil a realização da mobilização das articulações, produzindo um efeito mais duradouro.

O tratamento para melhorar a circulação e, portanto, para elevar as temperaturas dos tecidos moles é também útil para as mobilizações . O modo mais efetivo para “aquecer” os tecidos moles é o exercício. Outras modalidades passivas também poderão ajudar.

As mobilizações articulares restauram e mantêm o funcionamento normal e indolor em articulações com hipomobilidade reversível e podem retardar a hipomobilidade articular progressiva.


Já ouviu falar em Quiropraxia?

Baseada na idéia de que para ter uma boa saúde o corpo tem que estar funcionando perfeitamente, principalmente, o nosso sistema nervoso, a quiropraxia tem conquistados muitos adeptos. Mas será que ela também funciona em quem tem dores crônicas?


A resposta é sim! A quiropraxia se dedica ao tratamento de alterações e problemas do sistema neuro-músculo-esquelético, ou seja, de articulações, nervos, músculos e ligamentos. E como já comentamos em outros posts, a dor crônica tem relação direta com o sistema nervoso.

Isso acontece porque ao lesionar ou inflamar um local, toda a região fica sensibilizada e ao não receber o tratamento adequado, em pouco tempo a região passa a receber o mesmo sinal de dor que a lesão. Esse sinal vai sensibilizar o nervo, que mesmo depois do tratamento da lesão, vai continuar mais vulnerável a estímulos. Assim, até os estímulos mais fracos, que normalmente não seriam interpretados como dor passam a causar incômodo. Dando origem a dor crônica.

Por meio de diversas técnicas manuais, exercícios e orientação postural o quiropraxista restaura a mecânica natural da coluna, restabelecendo as funções naturais do organismo. Como conseqüência é comum observar umadiminuição das tensões e dores além de um maior relaxamento muscular, beneficiando quem sofre de dor crônica.

Os principais problemas tratados pela quiropraxia são:

  • Hérnia de disco e dor ciática;
  • Dores na coluna lombar;
  • Dores no pescoço;
  • Dores de cabeça;
  • Dores e tensão muscular;
  • Problemas nas articulações do ombro, cotovelo, punho, joelho, tornozelo;
  • Restrições às movimentações;
  • DORT/LER.

Vale lembrar que a quiropraxia é uma terapia e não substitui o tratamento para dor crônica. Por isso antes de marca uma sessão, converse com seu médico e veja se a quiropraxia é a mais indicada para o seu caso

Mesa de Tração Eletrônica


Pesquisas realizadas nos EUA mostram que técnicas de tração vêm sendo usadas com sucesso, durante anos, no tratamento das discopatias e doenças degenerativas da coluna vertebral.

Os equipamentos utilizados nos processos de tração evoluíram longe das rotinas de tratamento no Brasil por questões de custos e falta de informação científica sobre este assunto em nosso país.
Grandes fabricantes de equipamentos terapêuticos e cientistas americanos investiram seriamente em pesquisas durante décadas enquanto aprimoravam técnicas seguras e eficazes de utilizar a tração vertebral e seus benefícios.

Finalmente chegamos à TRITON DTS.
A mesa possui um mecanismo de deslizamento com molas que controlam o atrito do paciente sobre a mesa e garante progressão segura, suave, confortável e precisa nos processos de aplicação e retirada de carga de tração.

Outros pontos positivos são as novas peças de apoio para os joelhos que facilitam a retificação da coluna lombar e as cintas de contato circunferenciais que são largas e flexíveis para promover um ajuste perfeito ao padrão corporal de cada paciente.

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Os ajustes de tempo, carga e tipo de tração (intermitente ou estática) e outras características do processo de tração são programados pelo fisioterapeuta e dependem de cada paciente e da patologia à ser tratada. Por isso esse equipamento possui uma unidade de tração automática, computadorizada que promove uma força descompressiva no eixo axial da coluna vertebral do paciente.

A TRITON DTS ainda oferece um a chave de controle que permite ao paciente desativar a tração eletrônica sem a ajuda do fisioterapeuta em caso de desconforto, reduzindo a carga gradativamente a zero.

Essa descompressão traz inúmeros benefícios como:

  • Aumento do espaço intervertebral alongando os músculos espinhais monoarticulares, melhora a mobilidade dos ligamentos e cápsulas das facetas articulares, causa um deslizamento dessas facetas (que têm 30% de responsabilidade nas compressões radiculares), alarga o forame intervertebral e retifica curvaturas espinhais.
  • Efeitos mecânicos – melhora da circulação local; diminuição da compressão das superfícies facetarias; diminuição da compressão sobre as raízes nervosas; alongamento mecânico do tecido retraído.
  • Efeitos neurofisiológicos – estimulação dos mecanoceptores e a inibição da proteção reflexa que diminui o desconforto dos músculos em contração.

Este equipamento possui uma unidade de tração automática, computadorizada que promove uma força descompressiva no eixo axial da coluna vertebral do paciente

Mesa de Flexão-Descompressão


Este equipamento possibilita que o fisioterapeuta tenha total controle sobre a mobilidade da coluna vertebral do paciente, permitindo movimentos de flexão, extensão, látero-flexão e rotação. Desta forma, o tratamento pode ser realizado de uma forma mais confortável, conseqüentemente mais precisa.

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Nesta mesa, aplica-se uma força de descompressão associada à flexão da coluna vertebral exatamente no nível a ser tratado. Entre os efeitos desta técnica estão:

  • O espaço do disco posterior aumenta em altura;
  • A flexão diminui a protrusão do disco e reduz a estenose.
  • A flexão alonga o ligamento amarelo para reduzir a estenose;
  • A flexão abre o canal vertebral em 2mm (16%) ou 3,5 mm à 6mm;
  • A flexão aumenta o transporte de metabólitos para o disco;
  • A flexão abre as articulações apofisárias e reduz a tensão no disco posterior;
  • O núcleo pulposo não se move na flexão. A pressão intradisco cai sob a tração para baixo de 100mmHg. Na extensão o núcleo projeta-se posteriormente para o canal vertebral.
  • Abertura foraminais intervertebrais aumentam dando espaço para o nervo e gânglios da raiz dorsal.
      A Ergostyle é capaz de ser regulada de acordo com a evolução do paciente, minimizando posturas dolorosas durante o tratamento.

      Outra técnica oferecida pela mesa é o “Drop”. O Drop é uma técnica manipulativa pouco agressiva que usa a propriocepção como embasamento de funcionalidade.

      Estabilização Vertebral


      A estabilidades vertebral é dada por elementos estáticos e dinâmicos da coluna vertebral sendo os estáticos:corpos vertebrais, articulações facetárias, cápsula articular, discos intervertebrais e os ligamentos espinhais; e os dinâmicos : o sistema musculotendineo em especial os músculos multifidos e transverso do abdômen.

      A estabilidade pode ser definida como a habilidade de controlar movimento e de prevenir movimentos indesejáveis ao redor de um ponto fixo. Através da técnica de estabilização vertebral, desenvolvida na Austrália,podemos fortalecer os músculos profundos da coluna vertebral e melhorar o grau de estabilidade vertebral.

      O programa de estabilização vertebral utiliza o sistema muscular para proteger as estruturas articulares da coluna de microtraumas repetitivos, dor recorrente e mudanças degenerativas.

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      Uma vez que os elementos estáticos da coluna vertebral, que sofreram ação externa lesionando-se, já não respondem à estabilização provida por estes, se faz necessário a ação dos elementos dinâmicos. Porem na presença da dor lombar esses elementos, sistema musculotendíneo, sendo mais específico os músculos multifidos, não atuam eficientemente, gerando assim a necessidade de recondicionamento do mesmo (O’SULLIVAN, 2000).

      O Transverso Abdominal é um músculo mais profundo que se localiza na região ântero-lateral do abdômen e se insere anteriormente na linha alba e púbis e posteriormente na face interna, borda inferior das 6 últimas cartilagens costais, processo transverso das vértebras lombares, crista ilíaca e ¼ lateral do ligamento inguinal.

      Os Músculos Multifidos são responsávéis por 2/3 da rigidez segmentar

      (Richardson et al. 1999) e atuam na extensão rotação, inclinação lateral e estabilizadores lombar.

      Origem: Dorso do sacro, EIPS, processos mamilares das lombares, processo transverso das torácicas e processos articulares da C4 à C7
      Inserção: Processo espinhoso de 3 a 5 vértebras acima.

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      O papel dos músculos estabilizadores segmentares é de promover proteção e suporte às articulações através do controle dos movimentos fisiológico e translacionais, que no caso excedam 4 mm (COMERFORD e MOTTREM, 2001 apud MARINZECK, 2002). Para que tal aconteça é necessária uma ativação tônica, de baixa intensidade e específica estabelecendo assim o controle motor normal desses músculos (MARINZECK, 2002).

      Neste caso de controle da musculatura do tronco, segundo Kisner e Colby (2003), durante a realização dos exercícios, o terapeuta dirige a atenção do paciente para a posição em que a coluna se encontra e a sensação da contração dos músculos, objetivando a percepção da estabilização da coluna vertebral.

      A aplicação da técnica:

      Em primeiro momento realiza-se um treinamento da estabilização localizada que consiste em contrações isométricas do músculo abdominais com co-contrações dos músculos multífidos(BISSCHOP,2003).

      A) O paciente aprende a contrair o transverso do abdômen e multifidos

      B) Manter a co-contração do transverso e dos multifidos enquanto realiza atividades alternadas com os membros superiores e depois inferiores. Com o objetivo de ativar os estabilizadores locais.

      Em um segundo estágio o paciente aprende a contrair os estabilizadores durante atividades mais complexas.

      Já em uma fase três é incluso a contração de músculos intrínsecos e globais.

      Para isso contamos com alguns equipamentos como o Stabilizer e Eletromiógrafo de superfície.

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      O Stabilizer é um aparelho simples destinado a registrar as alterações de pressão numa bolsa de pressão pneumática e que permite detectar o movimento da coluna e suas compensações durante o exercício.

      Musculação ou Pilates


      Musculação

      Após o término das sessões previstas é fundamental buscar alternativas para manter os benefícios decorrentes do tratamento. Serão necessários estímulos frequentes e graduais que garantam a integridade das estruturas músculo-esqueléticas envolvidas e previnam contra novas crises. A opção eficiente e segura é um programa de exercícios de musculação que incluem os principais componentes da aptidão física relacionados à saúde (potência aeróbica, força e flexibilidade) ajustados de acordo com a especificidade da situação e supervisionados por profissionais de educação física que, antes do início do programa recebem do fisioterapeuta responsável pelo tratamento todas as informações necessárias para prescrever os exercícios e produzir o efeito terapêutico desejado sem sobrecarregar as estruturas de risco.

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      O acompanhamento da evolução do treinamento ocorre através das avaliações das periódicas e frequentes modificações da rotina de treinamento.

      Pilates

      É um método foi elaborado por Joseph Pilates que preconiza alcançar um desenvolvimento do corpo de forma uniforme, objetivando uma melhora no condicionamento físico e mental com exercícios globais, isto é, que exigem um trabalho do corpo todo, utilizando diferentes aparelhos e equipamentos.
      Através dos seus princípios, concentração, fluidez, controle, respiração, centro de força, postura o praticante do método irá melhora sua consciência corporal, flexibilidade, equilíbrio e força muscular.

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      O método apresenta movimentos fluidos de força e alongamento, feitos sem pressa e com poucas repetições. Realizadas por Fisioterapeutas e profissionais de Educação Física, estes alunos devem ser orientados sobre o principio do método e uma avaliação especifica deve ser realizada para assim delimitar os objetivos de cada praticante se terapêutico ou se mais voltado para o físico. O método tem como principais benefícios:

      • Aumenta a resistência física e mental;
      • Maior controle corporal;
      • Melhora da postural;
      • Aumento da flexibilidade, tônus e força muscular;
      • Alívio das tensões, estresse e dores crônicas;
      • Melhora da coordenação motora;
      • Maior mobilidade das articulações;
      • Estimulação do sistema circulatório e oxigenação do sangue;
      • Facilita a drenagem linfática e eliminação das toxinas;
      • Fortalecimento dos órgãos internos;
      • Aumento da concentração;
      • Trabalha a respiração;
      • Promove relaxamento.

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