terça-feira, 27 de março de 2012

ESCOLIOSE


Escoliose

coluna vertebral possui curvaturas que passam por toda sua extensão, desde a região cervical até a sacrococcígea, visíveis apenas quando olhado lateralmente, chamadas Lordose e Cifose. Enquanto as duas são consideradas normais, quando a curvatura não é acentuada, a situação muda no momento em que aparecem desvios laterais ou rotacionais.

Escoliose

Essa formação de gibosidade vertebral na região torácica, também conhecida como corcunda, é chamada Escoliose, uma deformação morfológica nos três planos do espaço, torcendo a coluna para os lados, para frente, para trás e em torno do próprio eixo. A gravidade e a maneira como deverá ser tratada a escoliose é determinada através do grau de torção.

A deformação pode ser classificada como curva simples, com torção à direita ou à esquerda (escoliose em C); ou curva dupla (escoliose em S), podendo ainda ser identificada devido à região em que se encontra: cervicotorácicas, torácicas, toracolombares, lombares ou lombossacrais.

Quando a escoliose é congênita, constitui deformidades a partir da concepção, atingindo curvas severas de até 180º, quando a coluna processa uma curva completa sobre si mesma. Nesses casos o tratamento é cirúrgico e precoce, na tentativa de corrigir o defeito ósseo a partir do seu nascimento.

As escolioses pode ser agrupadas em funcionais e estruturais, sendo as funcionais ocorrem devido à alterações extrínsecas, como por exemplo um encurtamento com disparidade entre os membros inferiores, causando um desvio do eixo da coluna pela variação de comprimento entre os dois membros. As escolioses estruturais são causadas por desvios localizados diretamente nas estruturas ósteo ligamentares vertebrais.

Durante a infância, tanto meninos quanto meninas podem desenvolver a escoliose, na adolescência, porém as meninas são de 5 a 8 vezes mais afetadas do que os garotos. Durante a juventude a deformação não causa dores, entretanto se não for corrigida, na fase adulta podem surgir dores nas costas.

A coluna pode ser reconduzida à sua posição normal através do emprego de uma força de tração na mesma. Essa força aumenta o espaço entre as vértebras e reduz a curvatura nos pontos críticos. Uma forma engenhosa para “endireitar” a coluna sem que seja necessário pegar ou manusear vértebras e discos. Contudo, o tratamento fisioterápico usando alongamentos e respiração são essenciais para a melhora do quadro.

O tratamento da escoliose pode ser definido através do grau de angulação: 0 à 10 graus não necessita de tratamento fisioterápico, de 10 à 20 graus tem necessidade de tratamento fisioterápico, 20 à 30 graus o tratamento fisioterápico acompanha o uso de colete ortopédico, de 30 à 40 graus requer o uso do colete ortopédico, e de 40 à 50 graus somente tratamento cirúrgico. Contudo a base para o tratamento são fatores como a idade, a flexibilidade, a gravidade da curva e na etiologia.

As principais causas da escoliose são idiopáticas, neuromusculares, a poliomielite, origem congênita e pós-traumática.Testes clínicos e radiografias, de maneira precoce, são muito importantes para o diagnóstico da doença.

A escoliose pode causar danos irreparáveis se não tratada corretamente, daí a necessidade de um controle da evolução sistemática da doença.


    A escoliose é uma curva SEMPRE anormal na coluna vertebral. Esse tipo de curva aparece no plano coronal, isso é, aparece quando olhamos a pessoa ou “de frente” ou “de costas”, diferentemente da lordose e cifose, que são vistas quando olhamos a pessoa “de lado”.
                A escoliose é muito mais freqüente em meninas do que em meninos (cerca de 6 vezes). Ela não possui origem conhecida, mas sabe-se que é devida a uma malformação nas cartilagens de crescimento das vértebras. É por esse motivo que o diagnóstico é realizado geralmente na adolescência, quando ocorre o período de maior crescimento.               


 

Radiografia

 

O diagnóstico de escoliose é feito pelo exame clínico e pela radiografia (raio-x). A curvatura na radiografia deve apresentar pelo menos 10 graus para o diagnóstico de escoliose ser confirmado. Essa medida é feita pelo médico com o uso de uma régua chamada de goniômetro. Muitas vezes, o diagnóstico de escoliose é realizado quando o paciente realiza um raio-x de tórax ou de abdome solicitado por um médico que não ortopedista e é vista a deformidade. Para a medida correta da curva, é necessária uma radiografia panorâmica da coluna vertebral.

 

 

 

                O tratamento da escoliose do adolescente depende da idade do paciente, do grau de maturação óssea (vista na radiografia), do tempo decorrido da primeira menstruação nas meninas e no grau e tipo de curva vista na radiografia.
                Geralmente os pacientes com curvas entre 10 e 20 graus são observadas. O tratamento inclui atividade física e fortalecimento muscular. A fisioterapia pode ajudar com exercícios e alongamento e com a melhora da postura. É importante o seguimento médico para o acompanhamento da evolução da curva, isso é, para ver se há piora da escoliose
                Os pacientes adolescentes com curvas entre 20 e 40 graus podem ser tratados com colete, dependendo da idade, maturação óssea e tempo decorrido da primeira menstruação (no caso das meninas). Os coletes utilizados são o de Boston (que vai da cintura até as axilas) ou o de Milwalkee (que vai da cintura até o queixo), dependendo do tipo e da altura da curva. O colete é utilizado até o fim do crescimeto ósseo, que geralmente ocorre entre 16 a 18 anos nos meninos e cerca de 3 anos após a primeira menstruação nas meninas. 

   Colete de Boston

Colete de Milwalkee
                Os pacientes com curvas acima de 40 graus devem ser avaliadas quanto à possibilidade de necessitarem de cirurgia. Isso também vai depender da idade e outros fatores já citados.

Escoliose-Tratamento cirúrgico


                Cirurgia: a cirurgia para correção da escoliose possui 2 objetivos: 1- a correção da curva, com melhora do padrão estético e também a interrupção da piora da escoliose. Com a cirurgia, as vértebras são fixadas em uma posição desejada, ocorrendo uma fusão entre elas. Isso promove uma correção da curva e uma grande melhora estética, gerando grande satisfação para o paciente. Outro resultado da cirurgia é a interrupção da piora da escoliose. Após a fusão das vértebras operadas, ocorre um estacionamento da curva na mesma posição em que foi deixada após a cirurgia.
                A recuperação após a cirurgia não é complexa. O paciente fica em pé e caminha no segundo dia após a cirurgia, geralmente recebendo alta do hospital em menos de 7 dias. O uso do colete após o procedimento é de escolha do médico, podendo ser utilizado dependendo do caso ou do resultado da cirurgia.
                Como qualquer cirurgia, a correção da escoliose também pode apresentar riscos e complicações. Entre as complicações mais freqüentes encontram-se a infecção e a dor pós-operatória, que geralmente não é grande, sendo geralmente resolvida com medicações.

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