terça-feira, 13 de março de 2012

Fisiologia Renal 1

FISIOLOGIA RENAL I

Os rins e os líquidos corporais –

Formação da urina pelos rins: filtração glomerular, fluxo sangüíneo renal e seus controles.

As múltiplas funções dos rins na homeostase –

    - Controla volume e composição dos líquidos corporais.
    - Filtram o plasma removendo substâncias de acordo com a necessidade corpórea.

Em geral:
    a) Regulação da pressão arterial;
    b) Regulação do equilíbrio ácido-base;
    c) Secreção de hormônio (eritropoetina);
    d) Água e eletrólitos (regula osmolaridade urinária);
    e) Excretam escórias metabólicas.

1. Balanço de água e eletrólitos: cabe aos rins regular sua excreção.

2. Excreção de escórias metabólicas e substâncias químicas estranhas -

- Uréia; creatinina; ácido úrico.

3. Regulação da pressão arterial –

- A longo prazo – hipovolemias ou sistema renina-angiotensina (médio prazo).

4. Regulação do equilíbrio ácido-basico – 
- Excreção de ácidos e bases.
5. Síntese de glicose – 
- gliconeogênese.

6. Regulam as produções de hemácias – 
- eritropoetina (estímulo: hipóxia).

Obs. Nas nefropatias, em pouco tempo, os pacientes acumulam um desarranjo metabólico grave podendo levar ao óbito.

Anatomia fisiológica do rins –

- Juntos à parede posterior do abdomem.
- Borda medial possui região chamada de hilo (artérias, veias, linfáticos).
- Rins apresentam duas regiões: medula e córtex.

Observe as estruturas descritas acima dando ênfase: camada cortical; camada medular; glomérulo; ureter; veia renal; artéria renal; pélvis renal; pirâmide renal e papila renal.

Rim é formado por uma associação de néfrons:

1. Corpúsculo renal;
2. Túbulo contorcido proximal;
3. Alça de Henle;
4. Túbulo contorcido distal.

Obs. O duto coletor não faz parte do néfron!!!!

Uma alta pressão hidrostática nos capilares glomerulares resulta numa alta filtração – aumento do volume urinário. 
O oposto também ocorre favorecendo uma reabsorção – diminuição do volume urinário.

Néfron = unidade funcional do rim –

- Formam urina.
- Não regeneram-se.
- No glomérulo há filtração e formação da urina no decorrer da passagem deste filtrado pelos túbulos contorcidos e alça de Henle.

Obs. Néfron cortical = possui glomérulo mais externo na camada cortical.
Néfron medular = possui glomérulo mais próximo da medular.

Formação da urina: filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular –

A reabsorção ocorre dos túbulos para o sangue.
A secreção ocorre do sangue para os túbulos.

Como observado, a urina depende destes três fatores citados acima.

 Na formação da urina a reabsorção tubular é quantitativamente mais importante do que a secreção tubular (determina a quantidade de íons na urina: sódio, potássio, hidrogênio).

Por que grandes quantidades de solutos são filtrados e depois reabsorvidos ?? –

- Água e solutos são, em grande quantidades, filtrados e logo após reabsorvidos, isto porque:
    - Elevada FG permite rápida eliminação das escórias corporais.
    - Elevada filtração glomerular (FG) permite que o plasma seja filtrado várias vezes ao dia (60 vezes em média).

Este sistema permite um rápido controle da homeostasia.

Este cálculo acima atinge um valor de 0,2 o que traduz-se por 20%, isto é, 20% do plasma renal é filtrado.

Capilares glomerulares – 
- Fenestrados.
- Possuem podócitos: apesar de impedirem a passagem de algumas proteínas, a principal responsável por este fato é a membrana basal.

Filtratilidade –

Em geral: quanto maior o peso molecular e quanto maior a negatividade da substância = menor capacidade de filtração.

Obs. Em algumas patologias, os rins perdem as cargas negativas das suas membranas possibilitando a passagem de proteínas (albumina) = alteração nefropática mínima.

Determinantes da intensidade da filtração glomerular (FG) –

1) Pressão hidrostática glomerular;
2) Pressão coloidosmótica (oncótica) glomerular;
3) Pressão hidrostática da cápsula de Bowmann;
4) Pressão coloidosmótica da cápsula de Bowmann;
5) Coeficiente de filtração (Kf).

Estas pressão formam uma pressão resultante de aproximadamente 10mmHg, chamada de pressão efetiva de filtração. 
Para que se favoreça a filtração glomerular a pressão hidrostática glomerular deve estar elevada enquanto a pressão coloidosmótica glomerular baixa, enquanto que o oposto deva ocorrer para a cápsula de Bowmann.

Obs. O Kf é diretamente proporcional à FG.
Obs`. Diabetes Mellitus reduz o Kf.

Mesmo que não haja alterações na pressão hidrostática glomerular, o aumento da fluxo sangüíneo aumenta a FG. O oposto também é verdadeiro.

Outro fator que deve ser lembrado é a constrição da arteríola aferente o que resulta na diminuição da FG. Já a constrição eferente moderada, aumenta a FG enquanto que a intensa constrição eferente diminui a FG já que haverá aumento da pressão coloidosmótica glomerular.

Rins recebem um volume sangüíneo muito elevado para que haja remoção de escórias e alta filtração.

Determinantes do fluxo sangüíneo renal –

Controle fisiológico da FG e do fluxo sangüíneo renal –

- A filtração glomerular é sujeita a 2 controles básicos:
        - Pressão hidrostática glomerular;
        - Pressão coloidosmótica glomerular.

- Além destes dois fatores: 
    - Hormônios.
    - Sistema nervoso autônomo simpático.
    - Autacóides (substâncias vasoativas de ação local).

O estímulo simpático = diminuição da FG (vasoconstrição aferente).

Noradrenalina, adrenalina e endotelina (autacóide) = diminuição da FG.

Prostaglandinas (PGE2 e PGI2) e óxido nítrico = aumento da FG.

Auto-regulação da FG e do fluxo sangüíneo renal –

- Fatores intrínsecos.
- Função: manter a FG (controle da excreção de água e solutos) independentemente das variações da pressão arterial.
- Se não houvesse este sistema auto-regulador, o indivíduo morreria por desidratação!!

Obs. Apesar deste sistema, observa-se natriurese por pressão e diurese por pressão.

1. Feedback tubuloglomerular –

- Graças a este feedback, a filtração glomerular consegue muito pouco variar. 
- Este feedback compreende a resistência arteriolar renal e a concentração de cloreto de sódio.

2. Auto-regulação miogênica do fluxo sangüíneo renal e da filtração glomerular –

- Segundo mecanismo de regulação: capacidade dos vasos, quando houver aumento da pressão, em resistir a estiramentos durante esta elevação = mecanismo miogênico de auto-regulação.




 

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