terça-feira, 13 de março de 2012

Fisiologia Geral

CONTRAÇÃO DO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

Anatomia Funcional do Músculo Esquelético

- Fibra muscular esquelética: 
        - Numerosas fibras
        - No “meio” da fibra há uma única inervação

- Sarcolema = membrana celular da fibra muscular.
- Miofibrilas: são unidades formadoras das fibras musculares, compostas por actina e miosina (proteínas contráteis).
- Faixa (banda) I – só contém actina – são claras por serem isotrópicas.
- Faixa (banda) A – actina + miosina – são onisotrópicas.
- Pontes cruzadas – projeções dos filamentos de miosina – fundamentais para a contração do músculo, interagem com a actina.
- Disco Z – final das actinas (transversais).
- Estas estruturas citadas anteriormente dão a este músculo a característica estriada!!

Mecanismo Geral da Contração Muscular –

1. Potencial da placa motora (íons sódio);
2. Propagação do potencial pelas fibras musculares;
3. Maior permeabilidade do retículo sarcoplasmático liberando cálcio;
4. Íons cálcio provocam grande atração entre miosinas e actinas (deslizamento);
5. Remoção do íon cálcio pela bomba de cálcio põe fim ao processo contrátil.

Mecanismo Molecular da Contração Muscular –

 Filamentos de actina diminuem seus espaços sobrepondo-se (espaços entre sarcômeros diminuem). Há utilização das pontes cruzadas para contração.
 Miosina: 
     Filamento grosso
     Possui uma cabeça (ATPasica) – consumidora de ATP.

 Actina:
     Filamento fino
     Composta por três porções protéicas: 
         Actina
         Troponina (C,T e I)
         Tropomiosina

Acredita-se que em repouso as tropomiosinas fiquem sobre os sítios ativos (de ligação) da actina, evitando a contração.

Interação dos Filamentos – na presença dos íons cálcio, o efeito inibitório da troponina-tropomiosina é inibido. Quando o cálcio combina-se com a troponina C, ocorre uma alteração conformacional que traciona a tropomiosina “descobrindo” os sítios de ligações da actina (binding).

“Sempre em Frente” – cabeças de miosina fazem um movimento em único sentido.

Obs. Quanto mais forem as pontes cruzadas em contato com a actina, maior será a força da contração.

Fonte de Energia para a Contração Muscular –

 ATP clivado na cabeça da miosina, ainda quando a fibra esta em repouso.
 A quebra deste ATP “engatilha” a cabeça da miosina.
 Após a cabeça ter se soltado da actina (realizada sua função), nova molécula de ATP é clivada, iniciando um novo ciclo. A “busca” de novo ATP pela cabeça de miosina faz com que ela se desligue da actina provocando um relaxamento muscular.

 A tensão desenvolvida pelo músculo aumenta quanto menor for o sarcômero – até 2,0 micrômetros.

Obs. Num músculo onde é posto carga (peso), a velocidade de contração diminui.

Energética da Contração Muscular –

- Necessária para que se realize um trabalho.
- Recarga do ATP: 
    - Fonte primária: fosfocreatina (CP) – sua quebra fornece 1 ATP. A reserva de fosfocreatina é muito pequena: 5s a 8s de contração no máximo.
    - Fonte secundária: glicogênio (armazenado nos músculos).
        - Com oxigênio: glicólise aeróbica – 38 ATP
        - Sem oxigênio: glicólise anaeróbica – 2 ATP (com formação de ácido láctico)
Os produtos da glicólise acumulam-se nas células musculares alterando o pH do organismo, podendo assim, ser usado por cerca de 1minuto (máximo). 
    - A fonte final de energia é o metabolismo oxidativo – utilização de nutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas), combinado com oxigênio.

Obs. O condicionamento físico faz com que a via lipolítica seja ativada aos 3min. (aproximadamente), não utilizando outras vias. Logo podemos concluir que os exercícios físicos aeróbicos são muito mais saudáveis do que os anaeróbicos.

Características da contração do músculo como um todo –

- Contração isotônica: há encurtamento da fibra muscular enquanto houver contração mais freqüente).
- Contração Isométrica: não há encurtamento da fibra muscular durante a contração. (Exemplo: sólio, gastrocnêmio, ocular)

 Fibras musculares rápidas – 
    - exercem atividades rápidas;
    - exercícios anaeróbicos;
    - fibras maiores;
    - retículo sarcoplasmático extenso; 
    - poucas mitocôndrias;
    - pouca vascularização;
    - possuem coloração esbranquiçada devida a menor quantidade de mioglobina.

 Fibras musculares lentas – 
    - exercem atividades lentas;
    - fibras menores;
    - exercícios aeróbicos;
    - muita vascularização;
    - muita mitocôndria;
    - abundante mioglobina, logo possuem aspecto avermelhado (ferro da mioglobina).

Unidade Motora – são uniões das placas motoras. Fibras musculares inervadas por um mesmo axônio.

Somação – conjunto de contrações. Apresenta 2 tipos:

    1. Somação por fibras múltiplas: diferentes intensidades de contração dependem das diferentes intensidades do estímulo.
    2. Somação por freqüencia e tetanização: estímulos somando-se para atingir uma contração até que a própria ocorra de fato = tetanização.

Tônus do músculo esquelético –

    Mesmo em repouso os músculos estão constantemente sendo estimulados (estímulos = tônus muscular).

Obs. Lesões podem alterar o tônus muscular.

Fadiga muscular: incapacidade dos processos contráteis.
Sistema de alavancas do corpo: estão interligando ossos para que haja contrações.

Remodelação Muscular – Adaptação às funções –

1. Hipertrofia muscular: aumento da massa muscular (aumenta as miofibrilas)
Obs. Hiperplasia = aumento do número de células musculares.

2. Atrofia muscular: diminuição da massa muscular.
3. Desnervação muscular: ocorre por lesões; há perda do tônus levando a uma atrofia muscular.
4. Contratura: o mesmo que atrofia mas podendo causar um desfiguramento do músculo.

Rigor Mortis –

    Horas após a morte, os músculos se contraem. Como não há reposição de ATP, estes músculos permanecem contraídos já que não há “desligamento” do binding actina-miosina.

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