sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Fluidoterapia


 A FLUIDOTERAPIA


A rigor qualquer passe constitui uma terapia fluídica, entretanto, o termo fluidoterapia tem sido, geralmente, reservado para designar um tipo especial de passe, sempre executado por um grupo de passistas, com duração um pouco maior que a do passe tradicional e que, normalmente, se destina a corrigir irregularidades, mais ou menos graves, da estrutura do perispírito, que estejam a comprometer seriamente a vitalidade e funcionalidade do organismo do paciente.

As sessões de fluidoterapia contam sempre com a participação de grupos de trabalhadores espirituais, os quais, de fato, é que realizam fundamentalmente toda a tarefa, cabendo aos participantes encarnados apenas auxiliar no processo, principalmente na dispersão e doação de fluidos. Em muitos casos, são utilizados, pela espiritualidade, equipamentos complexos e sofisticados que são aplicados ao paciente. A fluidoterapia requer a participação de pelo menos três passistas experimentados, exigindo-se deles o máximo empenho no sentido do condicionamento individual, além de uma satisfatória harmonização interior.

A formação dos grupos de fluidoterapia deve ser feita entre os passistas mais dedicados e equilibrados da instituição. A participação de médiuns videntes ou auditivos, quando possível, é sempre muito interessante, pois, com isso, o relacionamento entre encarnados e desencarnados toma-se muito mais fácil e preciso. A indisponibilidade de elementos possuidores das mediunidades referidas, para compor a equipe, ou equipes, não deve representar, contudo, impedimento para a sua formação. Lembremo-nos de que há sempre o recurso da intuição.

A preparação para os trabalhos de fluidoterapia é a mesma recomendada para o passe tradicional, só que aqui as recomendações devem ser seguidas de modo muito mais rigoroso. A aplicação da fluidoterapia deve ser feita de preferência com o paciente deitado, se bem que, se isso não for possível, ele pode ser colocado sentado em uma cadeira posta no centro da sala, enquanto os passistas se posicionam em sua volta. Os passistas podem permanecer de pé, ou sentados.

Devem ser atendidos no máximo seis ou sete pacientes por sessão, sendo que este número deve ser fixado pelo próprio grupo, à proporção que for vivenciando a experiência do trabalho. O tempo que se dedica a cada paciente pode variar um pouco de caso para caso, embora, normalmente, situe-se entre cinco e dez minutos. A sessão como um todo não deve exceder de uma hora, pois o desgaste dos participantes é sempre muito maior que em qualquer outro tipo de passe.


É desejável que os grupos de fluidoterapia observem um intervalo de duas semanas entre as intervenções, muito embora este intervalo possa ser reduzido para uma semana, em vista de situações especiais. A formação de dois grupos é sempre muito conveniente porque assim eles podem se revezar, possibilitando o atendimento semanal dos pacientes, mantendo, contudo, o intervalo de duas semanas para os trabalhadores. O número de sessões de fluidoterapia a que cada paciente é submetido varia muito de caso para caso, podendo chegar a dez ou doze nas situações mais graves.

Da mesma forma que nos passes usuais, a fluidoterapia é aplicada em duas fases. Em cada paciente, primeiro, um dos participantes da equipe faz a limpeza fluídica — dispersão —, sempre do modo mais meticuloso possível e, depois, um outro passista faz a imposição de mãos, funcionando os demais como doadores de apoio. Dentro da equipe, a posição que produz maior desgaste é sempre a de imposição e por isso é que se recomenda o revezamento a cada dois ou três pacientes. Com o revezamento, evitar-se-á que determinado elemento do grupo sofra sobrecarga excessiva.

Já a posição de menor desgaste é a de dispersão, embora todos, em maior ou menor grau, contribuam na doação de fluidos. Deve-se ressaltar que a doação de fluidos é feita em alguns momentos visando aos centros vitais, enquanto que em outros é dirigida diretamente a determinada parte do organismo, ou órgão específico do paciente, tudo devidamente orientado pela espiritualidade através da intuição ou de outro meio qualquer. É sempre bom quando o passista que faz a imposição tem conhecimento da deficiência orgânica do paciente, pois assim será mais fácil orientar-se.

Após cada sessão de fluidoterapia os elementos que formam o grupo de trabalhadores devem procurar, através de repouso e alimentação adequada, recuperar-se do dispêndio de energias. Se qualquer sinal de debilidade ou sintoma de enfermidade fluídica se apresentar como decorrência do trabalho de fluidoterapia, o grupo deve se reunir, discutir o problema, ou consultar pessoa de maior experiência, ou mesmo a própria espiritualidade, a fim de se identificar e eliminar a causa, ou causas, que deram origem a tais desequilíbrios. Quando praticada com método e o devido preparo, não há quaisquer referências a comprometimentos na saúde dos que se dedicam ao serviço da fluidoterapia. Ela é, na verdade, mais uma oportunidade bendita da prática da caridade e amor ao próximo.

 FLUIDO MAGNÉTICO
No processo da encarnação, ou reencarnação, a mente espiritual, envolta no seu soma perispírito reduzido, i.e., miniaturizado, atrai magneticamente as substâncias celulares do ovo materno, ao qual se ajusta desde a sua formação, revestindo-se com ele para, de imediato, começar a imprimir-lhe as suas próprias características individuais, que vão sendo absorvidas pelo novo organismo carnal, à medida que este se desenvolve e se desdobra segundo as leis genésicas naturais.
Intimamente ligada, desse modo, a cada célula física, que se forma segundo o molde da célula perispiritual preexistente a que se acopla, a mente espiritual assume, de maneira mais ou menos consciente, em cada caso, mas sempre rigorosamente efetiva, o comando da nova personalidade humana, que assim se constitui de Espírito, perispírito e corpo material. Importa aqui considerar que as características modulares que a mente imprime às células físicas que se formam são por ela transmitidas e fixadas através de uma força determinada, que é a energia mental, veiculada pelas ondas eletromagnéticas do pensamento.
Quando o molde perispirítico preexiste exteriorizado, as vibrações mentais, atingindo-o em primeiro lugar, encontram maiores recursos para a ele ajustarem as novas células físicas. Noutros casos, as vibrações mentais, atuando sobre moldes perispiríticos amorfoidizados por ovoidização, valem-se do processo fisiológico natural de desenvolvimento genético para reconstituir a tessitura da organização perispiritual, ao mesmo tempo que imprimem às novas células deste, e às do soma físico, as características de sua individualidade. Assim, as ondas eletromagnéticas do pensamento, carregadas das ídeo-emoções do Espírito, constituem o que se denomina fluido magnético, que é plasma fluídico vivo, de elevado poder de ação.
Daí em diante, e pela vida toda, refletem-se na mente espiritual todos os fenômenos da experiência humana do ser, cuja quimios-síntese final nela também se realiza. Justo é que nela se reflitam e se imprimam tais resultados, por ser ela mesmo quem comanda o ser, ou, melhor dizendo, por ser ela o próprio ser, que do mais se vale como de instrumentos indispensáveis à sua ação e manifestação, porém não mais do que instrumentos. É das vibrações da mente espiritual que dependem a harmonia ou a desarmonia orgânicas da personalidade e, portanto, a saúde ou a doença do perispírito e do corpo material.

De acordo com o princípio da repercussão, as células corporais respondem automaticamente às induções hipnóticas espontâneas que lhes são desfechadas pela mente, revigorando-se com elas ou sofrendo-lhes a agressão. Raios mentais desagregadores, de culpabilidade ou remorso, formam zonas mórbidas no cosmo orgânico, impondo distonia às células, que adoecem, provocando a eclosão de males que podem ir desde a toxiquemia até o câncer. Tanto ou mais do que os prejuízos causados pelos excessos e acidentes físicos, muitas vezes de caráter transitório, as ondas mentais tumultuarias, se insistentemente repetidas, podem provocar lesões de longo curso, a repercutirem, no tempo, até por várias reencarnações recuperadoras.

Além disso, na recapitulação natural e inderrogável das experiências do Espírito, quando se trata de ônus cármicos em aberto, eclodem, com frequência, em determinadas faixas de idade, e em certas circunstâncias engendradas pelos mecanismos da expiação, forças desarmônicas que afligem a mente, desafiando-lhe a capacidade de autocontrole e auto-superação, sob pena de engolfar-se ela em caos de intensidade e duração imprevisíveis.

Não podemos, tampouco, esquecer os problemas de sintonia, decorrentes da lei universal das afinidades, que obriga os semelhantes a conviverem uns com os outros e a se influenciarem mutuamente. Como a onda mental opera em regime de circuito, incorpora inelutavelmente todos os princípios ativos que absorve, sejam de que natureza forem. Assim, tanto acontecem, entre as almas, maravilhosas fecundações de ideais e sentimentos nobres, como terríveis contágios mentais, algumas vezes até de natureza epidêmica, responsáveis por graves manifestações da patologia mento-física.

Tudo depende, por conseguinte, do modo como cada Espírito se conduz, no uso do fluido magnético que maneja. Com ele, pode-se ferir e prejudicar os outros, criar distúrbios e zonas de necrose, soezes encantamentos e fascinações escravizantes. Mas pode também manipular medicações balsâmicas, produzir prodígios de amor fecundo e estabelecer, através da prece e do trabalho benemerente, uma sublime ligação com o Céu.

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