sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Aromaterapia


Aromaterapia – Fragrâncias que fazem bem.
As essências aromáticas podem ser utilizadas para criar uma sensação de bem-estar e conferir à vida uma nova componente estética. Saiba de que forma a aromaterapia pode reforçar as capacidades autocurativas inatas do nosso organismo.
A aromaterapia não se trata de uma simples terapia alternativa que se acrescenta ao rol das já existentes. Inversamente ao que se passa com ahomeopatia ou a acupuntura (acupunctura) que têm um carácter mais clínico, o potencial curativo dos aromas e fragrâncias resulta da sua capacidade para induzir à descontracção e de, simultaneamente, criar uma sensação de prazer.
A prática da aromaterapia destina-se mais à prevenção das grandes doenças e ao tratamento sintomático de pequenos problemas. A base desta terapia é a massagem com óleos e aromas essenciais, cujos principais efeitos são a boa disposição e o bem-estar generalizado.
Origens da aromaterapia
Os métodos utilizados são muito antigos e a sua origem já se desvaneceu nas coordenadas temporais. A palavra aromaterapia foi utilizada pela primeira vez pelo químico francês René Gattefossé, em 1920, mas as suas técnicas básicas remontam a um tempo muito anterior.
Tal como o Homem descobriu as plantas medicinais e comestíveis, também se apercebeu que certos vegetais, quando queimados numa fogueira, produziam um determinado aroma e provocavam estados alterados de consciência. Foi assim que se descobriu que alguns odores produziam sonolência e que outros potenciavam a vigília e a euforia.
Os antigos egípcios são considerados os verdadeiros fundadores da aromaterapia. Noutras épocas eram eles que usavam as várias fragrâncias para práticas de magia e de cura, em massagens, na preparação decosméticos e nos embalsamamentos. As múmias de animais, faraós e rainhas são exemplos notáveis das propriedades conservantes das essências vegetais.
Também na China a medicina de ervas era utilizada em conjunto com as práticas de acupunctura e massagens no tratamento de doenças de diversa ordem. Os gregos, por sua vez, deviam grande parte da sua sabedoria médica ao conhecimento das propriedades das substâncias aromáticas.
Queimavam incensos nos templos, nas praças das cidades e nas cerimónias oficiais. Perfumavam ainda as vestes, o corpo, a comida e o vinho, pois acreditavam que o perfume tinha um efeito purificador. Mas muitos outros povos adoptaram a aromaterapia como terapêutica crucial no tratamento de doenças e como instrumento fundamental para a manutenção da saúde.



Modo de actuação da aromaterapia
A utilização dos aromas pode ajudar a aumentar exponencialmente a nossa vitalidade, mas para isso é importante que ela faça parte de um regime holístico de saúde. Queremos dizer com isto que é necessário olhar para além dos sintomas e procurar primeiro as suas causas, seguindo um método de prevenção.
Embora os efeitos das essências naturais na mente e no corpo sejam facilmente comprovados pela ciência, é um facto que a dimensão espiritual também pesa. De qualquer das formas as vias tangíveis são as mais evidentes.
A pele é uma superfície permeável que absorve os óleos essenciais, permitindo que eles se infiltrem nos finos capilares sanguíneos que existem à superfície do organismo, passando daí para a circulação sanguínea, para a linfa ou para o líquido intersticial (que é o líquido que rodeia todas as células do nosso corpo).
Desse modo, os óleos chegam a todas as partes do nosso corpo e, se a pele for saudável, bastam poucos minutos para que as moléculas oleosas sejam absorvidas, mas é preciso mais tempo se a pele estiver congestionada ou se o indivíduo for muito gordo. É preciso ressalvar a situação em que a pele está transpirada, pois nessas circunstâncias não absorve o óleo.
As pessoas cuja pele está congestionada ganham mais se optarem por tomar banhos aromáticos (desde que não sejam excessivamente quentes) e pelas massagens gerais.
Existem outros beneficios da aromaterapia. Os pulmões, por exemplo, podem absorver os odores e, a partir daí, produzir efeitos positivos no resto do corpo. Quando inaladas, as moléculas aromáticas dos óleos essenciais entram nos pulmões e, nessa região, inflitram-se nos finíssimos capilares que envolvem as vesículas pulmonares. A partir daí passam para os vasos sanguíneos, que as conduzem a todos os tecidos do organismo onde, em seguida, exercem os seus efeitos terapêuticos.
Relação olfacto/mente
É complicado e pouco claro o processo pelo qual nos apercebemos dos cheiros e o modo como eles influem no nosso bem estar. Até hoje, pensa-se que as substâncias odoríferas – entre as quais se encontram os óleos essenciais – libertam moléculas que são detectadas pelas células olfactivas da parte superior das fossas nasais. São neurónios sensoriais especializados, localizados numa membrana mucosa que está directamente ligada ao cérebro.
As moléculas aromáticas têm de estar dissolvidas no muco para que possam ser detectadas. A reacção químico-fisiológica das terminações nervosas a essas moléculas é então conduzida pelas fibras nervosas, sob a forma de impulsos electroquímicos para a zona olfactiva do cérebro.
Tudo isto se processa desta maneira porque a zona do cérebro relacionada com o olfacto está intrinsecamente ligada à zona límbica, que por sua vez está relacionada com as subtis reacções emocionais, mnésicas, sexuais e intuitivas. A zona olfactiva do cérebro está também conectada ao hipotálamo, que regula todo o sistema hormonal através da glândula pituitária.
Conclui-se, então, que os aromas tornados impulsos que se dirigem ao cérebro humano podem ser utilizados para influenciar positivamente o corpo e as emoções.
Os efeitos reais e beneficios da massagem aromaterápica
A partir do momento em que estamos a ser massajados com óleos essenciais, os nervos despertam e enviam mensagens ao cérebro, o qual, por sua vez, emite reacções para todo o corpo.
A nível físico, a massagem ajuda a eliminar resíduos tóxicos por meio da estimulação da circulação sanguínea e da drenagem linfática. O oxigénio é fornecido em maior quantidade às zonas tensas do corpo e remove os resíduos tóxicos estagnados, como os ácidos láctico e carbórico, que se formam nas fibras musculares.
A nível mental e emocional, a massagem com aromas possibilita um estado de relaxamento, descontracção e bem-estar profundos.
Os óleos essenciais podem tornar-se tóxicos?
Os óleos essenciais são inócuos e extremamente benéficos quando correctamente utilizados. Contudo, podem tornar-se tóxicos se, por exemplo, forem ingeridos por via oral em quantidades significativas. Por outro lado, algumas pessoas mostram-se alérgicas a alguns óleos, até ao óleo de amêndoas doces.
No entanto, para as pessoas com história clínica de irritações na pele, não são aconselhados tratamentos com óleos de hortelã pimenta, manjerico, bergamota, ylang-ylang, verbena ou gengibre, sobretudo em aplicações locais.
O que prefere o nosso olfacto?
À semelhança dos animais, as pessoas também segregam substâncias chamadas feromonas, que determinam o odor corporal.
Não existem pessoas que tenham o mesmo cheiro, até porque cada um produz as suas próprias feromonas e isso depende de vários factores, entre eles, a alimentação.
As preferências olfactivas são fortemente influenciadas pelo odor corporal. As doenças, as emoções, a pílula anticoncepcional e as mudanças hormonais provocam alterações no odor corporal e nas preferências olfactivas. Por isso, muitas vezes, um mesmo perfume adopta um cheiro diferente de pessoa para pessoa e é corrente um determinado indivíduo, num dado momento, gostar de um perfume e noutra época deixar de gostar.
Os óleos essenciais não têm o mesmo cheiro que as fórmulas sintéticas comerciais, mas as pessoas que se adaptam a eles, habituam-se aos odores da natureza e dificilmente passarão a usar odores e fragrâncias que não sejam puras.
Na aromaterapia, devemos guiar-nos pelas preferências aromáticas reais, que nos chegam de forma instintiva, pois essa essência é a que melhor se adapta às nossas necessidades físicas e emocionais do momento.Confira abaixo algumas receitas de aromaterapia:
Para Higienizar – ingredientes: 3,5 ml de óleo essencial de limão (tahiti ou siciliano), 3,5 ml de óleo essencial de laranja-doce, 50 gotas de óleo essencial de capim-limão (lemongrass) e 40 gotas de óleo essencial de eucalipto glóbulus.
Para Harmonizar – ingredientes: 4 ml de óleo essencial de limão (tahiti ou siciliano), 4 ml de óleo essencial de laranja-doce, 2 ml de óleo essencial de lavanda e 13 gotas de óleo essencial de ylang-ylang.
Para Alegrar – ingredientes: 5 ml de óleo essencial de limão (tahiti ou siciliano), 5 ml de óleo essencial de laranja-doce e 2 gotas de óleo essencial de flor de laranjeira.
Modo de preparo: Misture todos os ingredientes (receita que escolher) e despeje a essência em um frasco de aproximadamente 10 ml que tenha uma tampa gotejadora.
Formas de uso: Existem dois modos para utilizar as essências, uma é pingar de 3 a 5 gotas em qualquer local que desejar e a outra forma é dissolver de 8 a 20 gotas da essência para cada 100 ml de água. Os locais comuns que a aromaterapia é utilizada são:
  • Salas
  • Gavetas e escrivaninhas do escritório
  • Cabeceiras da cama ou divãs de consultórios
  • Salas de massagem
  • Closets e armários
  • Carro, entre outros lugares.

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