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quinta-feira, 26 de julho de 2012

FIBRODISPLASIA OSSIFICANTE PROGRESSIVA (FOP)

Uma doença genética rara cuja manifestação principal é a produção de ossos "extra" em locais onde eles não deveriam se formar. Seus músculos, tendões e ligamentos se transformam em ossos e se seu corpo forma um segundo esqueleto por cima daquele que você já tem. O sinal mais comum da FOP pode ser identificado no nascimento: dedões dos pés malformados. Os dedos ficam mais curtos que o normal e curvados para dentro. Os médicos não sabem exatamente por que isso acontece. Esse sinal simplesmente aparece como um indicador inicial da FOP. Acredita-se que a FOP afete por volta de 2.500 pessoas em todo o mundo, ou aproximadamente uma em cada dois milhões de pessoas.Se um grande estádio de futebol comporta 100.000 pessoas, seria preciso encher perto de 20 estádios para encontrar uma pessoa que tenha FOP. O avanço da FOP:A formação de ossos extras quase sempre começa no pescoço, na espinha dorsal e nos ombros. Só depois começa a atacar as outras juntas. Um grande inchaço de repente começa a se formar no corpo e cresce muito rápido. É quente, vermelho e dolorido. Depois que o inchaço pára de doer, ele diminui e se transforma em um osso. Esses inchaços se chamam surtos, e eles aparecem durante a vida inteira de uma pessoa com FOP. Os médicos nem sempre sabem ao certo o que os causa, mas sabem que qualquer tipo de lesão pode causar um surto. Se uma pessoa com FOP bate o cotovelo ou joelho, um osso pode começar a crescer nesse lugar e impedir o movimento do braço ou da perna. Uma simples injeção ou vacina pode resultar na formação de novos ossos. Com o avanço da doença, o esqueleto ficará travado em uma posição, e uma pessoa com FOP permanecerá assim pelo resto de sua vida. Qualquer tentativa de remover o osso extra apenas resulta na formação de mais ossos. Existe cura ou algum tratamento?Infelizmente, a FOP não melhora com o tempo. A letra P da palavra FOP se refere à palavra “Progressiva”. Isto quer dizer que a FOP vai progredir, ou piorar, conforme a pessoa for envelhecendo. Conseguiu-se identificar o gene que, quando sofre uma mutação, causa a doença, porém, até o presente momento ainda não existe nenhum tratamento efetivo na cura ou controle da FOP. Em outras palavras, não há nenhuma droga capaz de remover os ossos “extras” já formados ou prevenir a formação de novos ossos “extra”.
Como as mudanças no gene ACVR1 relacionados às condições de saúde?
fibrodisplasia ossificante progressiva - causada por mutações no gene ACVR1
Todos os indivíduos com um diagnóstico definitivo da fibrodisplasia ossificante progressiva têm uma mutação em que o bloco de construção de proteínas (aminoácidos) histidina é substituído pelo aminoácido arginina na posição 206 da proteína ACVR1 (escrito como Arg206His ou R206H). Os pesquisadores acreditam que, sob determinadas condições esta mutação pode alterar a forma do receptor. Esta alteração da forma pode perturbar a ligação de um inibidor da proteína como FKBP12 ou interferir com outros mecanismos de controle que a ativação. Como resultado, o receptor pode ser constantemente ativado (ativação constitutiva), mesmo na ausência de ligantes. ativação constitutiva do receptor provoca crescimento excessivo do osso e da cartilagem e da fusão de articulações, resultando em sinais e sintomas.




terça-feira, 24 de julho de 2012

10 condições sexuais incomuns

1. Transtorno da Excitação Genital Persistente (PGAD)

Pessoas com Transtorno da Excitação Genital Persistente, ou PGAD, estão constantemente em um estado de excitação sexual. Os sintomas podem variar. As mulheres geralmente experimentam os sinais físicos da excitação, incluindo o ingurgitamento dos genitais, sem nem mesmo estar pensando em sexo. Elas podem ter tamanha sensibilidade nas áreas genitais que até mesmo o uso de certos tipos de roupas pode causar excitação.

Essas pessoas também podem ter orgasmos espontâneos – que podem chegar a dezenas por dia, ou elas podem ter que se auto-estimular para encontrar algum alívio. Mas esse alívio não dura muito tempo. A excitação pode voltar a aparecer em poucas horas, minutos ou até mesmo segundos, e pode durar por dias, semanas ou até meses.

Em um primeiro momento, ter (ou precisar ter) orgasmos tão freqüentes pode não parecer algo ruim. Mas para mulheres com PGAD, não é nada agradável – é debilitante, não as deixa dormir, trabalhar ou até mesmo fazer uma refeição com a família. Algumas mulheres alegam ter PGAD desde a infância, enquanto em outras a condição apareceu durante a gravidez ou menopausa. Pessoas com essa condição normalmente se sentem envergonhadas e demoram muito para buscar ajuda médica.

A literatura médica somente reconheceu esse transtorno na última década e os médicos ainda não conhecem ao certo a sua causa. Pode ser devido ao mau funcionamento ou dano em nervos sensoriais. Alguns pacientes foram tratados com sucesso com medicamentos como antidepressivos ou Chantix(medicamento usado inicialmente para reduzir a dependência à nicotina). Outros tentam simplesmente conviver com a condição, agradecidos por pelo menos ter um nome para a sua misteriosa doença.


2. Priapismo


priapismo envolve um sintoma básico: doloroso inchaço nos tecidos eréteis e que dura por mais de quatro horas. Ele ocorre quando o sangue fica preso na área genital e não circula de volta para o resto do corpo. Apesar das mulheres poderem ter priapismo, esta é uma condição muito mais comum nos homens – e o tratamento para homens e mulheres também é diferente.

O priapismo pode aparecer espontaneamente, mas também pode ser causado pelo uso de alguns medicamentos ou ainda por outras doenças. É um potencial efeito colateral de medicamentos usados para tratar a disfunção erétil, assim como de alguns antidepressivos ou drogas como cocaína. Homens com anemia falciforme têm tendência a desenvolver o priapismo – isso ocorre em cerca de 40% dos homens que sofrem dessa doença [fonte: Cleveland Clinic]. E por fim, alguns cânceres e outras lesões no escroto ou pênis também podem causar o priapismo.

Dada a grande quantidade de sangue presa nos genitais, o priapismo em homens é considerado uma emergência médica. Se não for tratado pode causar danos nos vasos, cicatrizes, perda de função e até mesmo gangrena. Quanto mais cedo a pessoa procurar ajuda, maiores serão a chance de se recuperar. Normalmente, uma injeção de medicamentos descongestionantes em um consultório médico ou hospital pode fazer o sangue voltar a circular. Se o paciente tiver tido uma ereção por mais de quatro horas, ele pode precisar de uma pequena cirurgia para redirecionar o fluxo sanguíneo ou ainda ter o sangue retirado do pênis com uma agulha.

Embora o priapismo não seja uma emergência para as mulheres, é algo bem doloroso. Os tratamentos incluem o uso de medicamentos anti-inflamatórios e gelo no local para aliviar o inchaço e a dor.


3. Hipersexualidade


Hipersexualidade, ou ter um impulso sexual exagerado, é uma doença classificada como um transtorno mental pelo Manual de Estatísticas e Diagnósticos de Desordens Mentais (DSM). Pessoas com esse diagnóstico também costumam ser desinibidas quando o assunto é sexo e são tão obcecadas pelo tema a ponto de que suas vidas passam a ser profundamente afetadas.

Pessoas com hipersexualidade costumam se envolver em comportamentos sexuais de risco como fazer sexo desprotegido com prostitutas e com muitos desconhecidos, o que acaba as deixando vulneráveis para doenças sexualmente transmissíveis. Aqueles que estão em um relacionamento monogâmico acabam não conseguindo ser fiéis aos parceiros. Em casos extremos, pessoas com hipersexualidade podem até abusar sexualmente de outros. Assim como acontece em muitas outras doenças sexuais, pessoas com hipersexualidade costumam não buscar ajuda. Elas não vêem seus impulsos ou comportamento como algo problemático – e muitas ainda se orgulham de ser assim.

A hipersexualidade também pode ocorrer em pessoas que já sofram de outras desordens. Pessoas com transtorno bipolar ou esquizofrenia podem sofrer também de hipersexualidade como parte de suas manias. Pacientes com desordens neurológicas como a doença de Alzheimer ou lesões cerebrais traumáticas também podem ter hipersexualidade. E alguns medicamentos também podem causar essa condição, como alguns dos remédios usados para tratar o Mal de Parkinson.

O tratamento para a hipersexualidade varia dependendo se a condição está associada ou não a outra desordem.  Estabilizadores de humor como o lítio podem reduzir os desejos sexuais como um todo e drogas que reduzem os níveis de testosterona também podem ajudar. A psicoterapia também pode ajudar a pessoa a reconhecer seu comportamento para que possa conter seus impulsos.


4. Sexsomnia


Pessoas com sexsomnia fazem sexo quando estão dormindo. Geralmente, elas não têm ideia do que fizeram até serem confrontadas por evidências ou outra pessoa. Os comportamentos vão da masturbação até o ato sexual em si enquanto dormem. Pessoas com “sonambulismo sexual” chegam a sair de suas casas enquanto dormem para fazer sexo com estranhos.  Há até mesmo casos de pessoas que sofrem de sexomnia que chegaram a cometer abuso sexual ou estupro enquanto dormiam [fonte: Cline].

A sexsomnia é uma desordem do sono que ocorre nos períodos entre o sono profundo e a vigília. Outras desordens dessa categoria incluem o sonambulismo, pesadelos noturnos e ranger dos dentes. Pessoas com sexsomnia costumam ter uma ou outras dessas doenças também.

Enquanto algumas pessoas podem simplesmente desenvolver a doença sem um motivo aparente, fatores que perturbam o sono como o stress, privação do sono, apneia, uso de medicamentos ou álcool, também podem provocá-la. Quem sofre com esta condição normalmente se sente envergonhado e embaraçado com seus comportamentos e isso pode acabar com relações. 

Mas as conseqüências podem ser ainda piores. Vários homens praticaram estupros durante episódios de sexsomnia – em muitas ocasiões acabaram sendo absolvidos após um diagnóstico. Um caso que ocorreu em Toronto, em 2005, marcou a primeira vez que as pessoas ouviram falar de sexsomnia [fonte: BBC].

Tratar o sonambulismo sexual pode não ser tão complicado quanto parece. O uso de máquinas para tratar a apneia do sono tem reduzido significativamente os comportamentos sexomníacos de pacientes que apresentam as duas condições. Outros pacientes têm sido tratados comKlonopin, medicamento que diminui a ansiedade e que também é utilizado em outros anormalidades do sono.


5. Assexualidade


Muitas pessoas consideram a sexualidade como parte de si mesmas e um aspecto necessário para as relações românticas. Mas o sexo não tem significado algum na vida de um pequeno número de pessoas. Pessoas assexuais não têm impulsos sexuais ou atração sexual por outros. Isso é diferente do celibato no qual as pessoas optam por não praticar atividades sexuais. 

Assexuais não sofrem de disfunção sexualalguma. Eles são fisicamente capazes de praticar sexo, só que preferem não fazê-lo. Eles não se incomodam com a falta de sexo e não acreditam que haja algo de errado.

Pessoas com assexualidade podem construir relações românticas e até se casar. Elas normalmente descrevem sua orientação sexual em termos de serem atraídas emocionalmente pelo “outro” e não fisicamente. As atitudes assexuais em relação ao sexo também podem variar bastante indo de uma completa repulsão pelo assunto a uma participação solícita em prol do parceiro. Alguns assexuais dizem que até se masturbam, mas consideram isso como parte de suas funções corporais e não como parte de sua sexualidade. 

O estudo da assexualidade no passado foi bastante desafiador, especialmente em função de que muitos pesquisadores não incluíam a assexualidade como uma opção e orientação sexual. Nos anos recentes, no entanto, os assexuais têm se tornado mais sinceros, formando comunidades e tentando educar os outros sobre a assexualidade.

A mera existência da assexualidade pode ser controversa – mas a controvérsia associada à nossa próxima estranha condição sexual é ainda maior. 


6. Parafilia


Se questionadas sobre uma condição sexual considerada fora do comum, muitas pessoas provavelmente responderiam fetiche – conhecido comoparafilia na comunidade psiquiátrica. De acordo com a definição do Manual de Diagnóstico e Estatísticas de Desordens Mentais, as parafilias são desordens mentais caracterizadas por fantasias sexuais, impulsos ou comportamentos que envolvem objetos não humanos, sofrimento ou humilhação e ainda o não consentimento de pessoas envolvidas. 

Geralmente, as parafilias são extremas e fogem da normalidade, e os parafílicos não encontram satisfação sexual sem um objeto específico ou ato. E particularmente, quando eles focam em algo perigoso ou ilegal, a parafilia pode ser extremamente prejudicial.

O problema é saber quando a parafilia deve ser classificada como desordem mental. Por exemplo, alguns dizem que a parafilia que envolve o consentimento de adultos e que não causa perigo para o parafílico ou outras pessoas não é uma desordem mental. Fetichismo que envolvem travestis, como por exemplo quando um homem fica sexualmente excitado só por vestir roupas femininas, para muitos também não é considerado uma desordem mental.

Pesquisadores ainda não têm certeza das causas das parafilias; elas podem estar associadas a comportamentos ou fatos que aconteceram na infância. Muitas pessoas com parafilia não buscam ajuda até serem descobertas por outras pessoas. A terapia comportamental e cognitiva tem ajudado muita gente a parar com suas parafilias e alguns medicamentos também são usados como o Ritalin. No entanto, na maioria dos casos a parafilia é uma condição muito difícil de ser tratada.


7. Anomalias cromossômicas sexuais


As anomalias cromossômicas sexuaisocorrem quando há um problema durante a ovulação ou produção de espermatozóides. Normalmente os óvulos e espermatozóides têm 23 cromossomos. As anomalias cromossômicas sexuais ocorrem quando um óvulo ou espermatozóide tem cromossomos a menos ou a mais. Independente de qualcélula tenha o número errado, o embrião terá mais ou menos do que 46 cromossomos no total, levando a uma série de problemas físicos e de desenvolvimento. Algumas vezes essas síndromes são assintomáticas, mas outras podem ter efeitos graves, incluindo deficiências no desenvolvimento, problemas emocionais, esterilidade, problemas nos órgãos e anormalidades físicas.

As anomalias cromossômicas sexuais podem ser detectadas ainda durante a gravidezatravés da amniocentese ou biópsia de vilo corial (BVC). Dependendo da anormalidade, algumas destas gestações podem resultar em aborto. Meninas que nascem com a síndrome de Turner têm características físicas distintas, mas outras alterações devem ser diagnosticadas através de testes genéticos. O tratamento para essas anomalias pode incluir a reposição de testosterona ou estrógeno, terapia de hormônio de crescimento, cirurgia para correção de defeitos físicos, entre outros.


8. Intersexo


Embora as pessoas tenham usado há tempos a palavra “hermafrodita” para descrever aqueles que possuem características anatômicas tanto masculinas como femininas, esta é uma ideia errada. Hoje em dia, o termo usado para as pessoas com esta condição é intersexual. Pessoas intersexuais não têm a genitália masculina e feminina, mas sim algumas caracaterísticas de cada uma delas. Há uma vasta gama de variações entre as pessoas intersexuais.

Alguns casos são conhecidos comointersexuais gonadais. Essas pessoas podem ser geneticamente masculinas (XY) ou femininas (XX), mas têm um ovário e um testículo ou um única gônada que contém ambos os tecidos testiculares e ovariano. Externamente essas pessoas podem ter genitália masculina, feminina ou as duas. A causa desse tipo de intersexo ainda é desconhecida.

Intersexo XY corresponde a uma pessoa que possui cromossomos masculinas mas cuja genitália é atípica, sendo ambígua ou feminina. Os testículos podem estar presentes, faltando ou serem anormais. A causa mais comum de intersexo XY é um problema relacionado ao processamento de hormônios masculinos, conhecido como Síndrome da Insensibilidade ao Andrógeno.

Uma pessoa que é intersexual XX normalmente tem a genitália interna feminina, mas externamente parece ser do sexo masculino. Ela pode ter um clitóris muito grande que se parece até mesmo com um pênis. A maioria das pessoas que tem essa condição tem hiperplasia adrenal congênita, uma desordem na qual a glândula adrenal não produz cortisol ou aldosterona, resultando em altos níveis do hormônio masculino androgênio. Pessoas com essa condição podem ter sido expostas a altos níveis de hormônios masculinos ainda no útero ou podem ter deficiência de aromatase, enzima que converte hormônios masculinos em femininos. 


9. Micropênis


De acordo com um estudo realizado em 1979 por pesquisadores do Instituto Kinsey, o pênis ereto tem em média entre 12 e 15 cm [fonte: Kinsey Institute]. Cerca de 0,6% dos homens têm uma condição chamada demicropênis – cuja média de comprimento em ereção não ultrapassa 5 cm.

Algumas das causas do micropênis são as mesmas que causam também o intersexo XY, como a síndrome da insensibilidade ao andrógeno. No entanto, homens com micropênis normalmente não têm ambigüidade genital. O micropênis também pode ser causado por outros problemas genéticos como deficiência de hormônio de crescimento. Se a condição for detectada na infância, a terapia de reposição hormonal pode levar a algum crescimento. Porém, é muito pouco provável que o pênis venha a atingir o tamanho médio. Alguns medicamentos e suplementos podem aumentar o tamanho do pênis, mas não permanentemente. Alguns homens chegam até mesmo a se submeter a cirurgia para aumentar o tamanho do pênis.

Micropênis pode causar problemas tanto da ordem social como psicológica nos homens. Também fica difícil para eles manter relações sexuais. Nos anos 1960 e 1970 alguns médicos aconselhavam aos meninos que tinham micropênis a mudar de gênero, acreditando que seria possível aprender a viver como menina. Os homens, porém, que chegaram a se submeter a essa mudança de gênero, atualmente pronunciam-se contrários ao procedimento.


10. Órgãos sexuais supranumerários


Enquanto algumas pessoas têm órgãos sexuais atípicos ou simplesmente não os possuem, outras têm além do normal:órgãos sexuais supranumerários

Homens que nasceram com difalia ou duplicação peniana têm dois pênis. Essa condição é extremamente rara – menos de 100 casos foram reportados na literatura médica. Acredita-se que o problema ocorra durante o estágio fetal quando o reto e o pênis estão sendo formados. Normalmente, um pênis é menor do que o outro. Homens com difalia podem urinar por apenas um ou por ambos os pênis, mas não são capazes de manter relações sexuais com os dois. Normalmente eles apresentam problemas nos rins, coluna vertebral, cólon, reto e ânus. Homens com difalia também podem ser estéreis. 

Mulheres que nascem com mais de um útero, condição conhecida comoútero didelfo, são mais comuns - cerca de 1 entre 1.000 mulheres que também podem ter duas vaginas. Isso ocorre quando o duto de Muller, dois tubos que se fundem em um único útero no embrião feminino, permanecem separados durante a gestação. Normalmente, as mulheres não sabem que têm dois úteros e têm gestações normais e menstruam regularmente. Em algumas mulheres, no entanto, aparecem sintomas como forte sangramento menstrual, dor pélvica inexplicável, infertilidade e propensão a abortos. A condição é então confirmada através de uma ultrassonografia. 

Raramente mulheres com úteros didelfos se submente à cirurgia para unir os dois úteros em um só. Porém, a gravidez em mulheres com úteros didelfos costuma ser de risco. 


quinta-feira, 31 de maio de 2012

PATELA

Patela em alta

A patela é um aparelho verdadeiro sesamóide incluído no extensor. 
A cartilagem articular da patela é mais fina do que o fêmur ou tíbia. Sua porção central não tem um adequado suprimento sangüíneo, reduzindo assim o seu poder de regeneração. O alinhamento é definido como: A posição correta ou o estado de ajuste entre as partes e sua relação mútua. tem duas funções básicas: - recolher anexos musculares diferentes, que são quadríceps em um, o tendão patelar - harmoniosamente distribui as tensões e melhora o desempenho biomecânico do quadríceps. Há muitas divergências sobre o que é a função da patela , mas acreditamos que é funcionalmente o link do mecanismo extensor do joelho. Aumenta o braço de alavanca eficaz do quadríceps, na extensão de flexão do joelho ou resistir a ela. Graças à tróclea patela e femoral que desliza pela força exercida pela quadríceps dirigidos obliquamente para cima e ligeiramente externo torna-se uma força estritamente vertical que sucede na realização da extensão do joelho. Seu deslocamento é o dobro do seu tamanho (8 cm) e girando sobre um eixo transversal.Colete todos os ventres musculares quatro do músculo quadríceps, centralizando suas tensões e transmitir o tendão patelar proporciona o contato com o fêmur uma área de cartilagem hialina, um material que é muito melhor do que o tendão de resistir a cargas de compressão e permite a transmissão da força de aplicação do quadríceps, sem perda devido ao atrito ao longo de todo o comprimento. A patela é posicionado entre a terminação do tendão do quadríceps (músculo da coxa anterior e mais poderoso do corpo) acima e abaixo se estende ao tendão patelar. Protegido por dois ligamentos lateral e no exterior. Tem um papel de protecção do tendão do quadríceps, a lesão faz perder até 30% da força de que o músculo. A patela condropatia, é uma condição patológica da cartilagem patelar que começa nas camadas mais profundas da mesma, considera-se como uma parte normal do envelhecimento, ou como uma reacção contra as forças de cartilagem articular anormais.alta patela e ângulo Q aumentado são os fatores mais importantes de instabilidade, facilmente obtidos por radiologia convencional. é o ângulo entre o aparelho extensor do joelho, e quais são os quadríceps e tendões patelares. Em cerca de 15 homens e nas mulheres 17 º se superior a 20 ° é considerado anormal. Sempre é medida na posição supina e para comparação. Para a medição da goniómetro tomarmos como pontos de referência; ASIS ramo fixo (anterior espinhas ilíacas superiores), fulcro no centro do ramo tuberosidade patela e tibial móvel. A patela anormalmente elevada é facilmente perceptível para ver uma gordura alargada suprapatelar ou o sinal do camelo . Além disso, se as pernas flexionadas em 90 graus sentados rótulas apontando para o teto. De uma forma ainda mais simples,radiologicamente pode ver se é muito alto. Foi realizada uma radiografia AP do joelho e puxando uma tangente para os côndilos, desenhe uma linha abaixo da linha da patela ápice tangente, se for superior a 20 mm é positiva. dores no pólo inferior da patela são comuns na patologia do tendão patelar. Tendo a alta patela , faz com que o tendão a trabalhar em tensão e começa a formar um esporão sobre o pólo inferior que são difíceis de diagnosticar. Idealmente, nestes casos faria um MRI. para a junta inferior bola deve atingir um alongamento de duas estruturas que podem ser influenciam a sua posição, tendões encurtados que criam um défice já mencionado no.E especialmente o suprapatelar, para o qual existe um exercício muito interessante e eficaz. O paciente é supina na maca com a perna afectada pendurado no joelho da parte caudal do mesmo. Nós bloquear o joelho em flexão bem com uma barra de maca própria ou um fixador externo e por eletroestimulação dos músculos vasto medial , olhar para esse alongamento.
 Para patela alta deve fortalecer os músculos em ligeira flexão e extensão total que vai sair da tróclea femoral corroendo o importante é que você faz fémur.Lotrabalho agachamento excêntrico, dão resultados muito bons.Fortalecer tendão corretamente (parece ter funcionado ao longo dos extensores, negligenciando flexor) e vasto medial trabalho ou com a isométricos clássicos em casa ou você encontra o banco Colson , em um centro de reabilitação, trabalhar com extensões nos últimos 30 graus, com alta carga e rotação externa dos pés, moderada (3-5 séries de 8-12 repetições, lenta, 2 conjuntos de plena carga semi-ângulo para aquecimento). Não utilize a cadeira quadríceps dos ginásios pode ser prejudicial porque lhe falta a "invenção" de um eixo mecânico para coincidir com o joelho. Pode ser motivo de desgaste "livre" da cartilagem articular. Nas juntas de bola superioresnecessário ajustar a descida do mesmo. Nos casos em que o tendão patelar é extremamente longa pode realizar tenodese (fixação cirúrgica de um tendão a um osso) para diminuir o comprimento efectivo. ter informação relacionada com a rótula (ou patela) maior no tendinite patelar , que começou no este link . Causas: hipertonia do quadríceps, isquiotibiais hipotônico ou ambas as razões de uma vez. O fator postural e cadeias musculares desorganizadas são a razão mais comum da mesma. Então nós temos que ver o que acontece com a coluna, está localizado ilíaco, sacro, a rotação da tíbia e do pé. deve: - isquiotibiais Tone (duas pernas) . - Dê quadríceps elasticidade por esticão - bandagem funcional para diminuir a patela do joelho, há que fazer isso geralmente tem um furo central que acomoda a patela eo efeito é diminuir e centrado então se você tem um pouco lateralizados também ajuda. que os rolamentos estão em uma posição muito alta pode ser o fator que predispõe a sofrer de condromalácia patelar . Em esta animação , você pode ver os efeitos de contração e relaxamento do quadríceps.Tanto a montanha ea moto estão exigindo que parte do joelho. No primeiro caso, sofreu muito durante as quedas no peso e, segundo, se você usar uma posição de baixo da sela ou você tende a usar longas desenvolvimentos, você deve rever a sua actividade antes do aparecimento da lesão e as configurações de suas bicicletas . Quanto ao fortalecimento do quadríceps , mas não alterar a posição alta das dobradiças, se puder ajudar a estabilizar e centralizá-los, mas tendo o problema que você tem, você pode querer fazê-lo através de exercícios isométricos com os joelhos em extensão; caso contrário, volte para forçar estas estruturas. A eletroestimulação também pode ser útil. A melhor maneira de tratar uma patela alta está trabalhando em programação de extensão do joelho em cadeia é em reto femoral, com boa trabalho flexível este músculo, a patela desce rapidamente aliviar os sintomas, é a maneira mais rápida e fácil, falar com alguém que pode lidar com o que é RPG (Postural Global Re-educação).método original, utilizando a distância de medição de radiação-patelar intercóndilo projecção dinâmica frente técnica é proposto para a medição da radiação original do elevado rótula. A técnica consiste em radiografias tiradas com uma distância focal de um metro, com o indivíduo em posição horizontal, enquanto mantém uma contração sustentada do quadríceps. Esta contracção pode levantar as juntas de bola em atitude de subida máximo, tal como acontece no final da fase de balanço da marcha, tentando reproduzir a condição fisiológica para o estudo de raios-X. Finalmente, variações anatómicas nos ossos do joelho pode ocorrer de tal modo que um lado do sulco femoral é menor do que o normal. Isto cria uma situação em que a ranhura é muito baixa, tipicamente no lado de fora do joelho.As pessoas que têm uma ranhura de baixo, por vezes, têm o seu deslizamento da patela no sulco, causando uma luxação da patela .Este não é apenas doloridos quando isso acontece, pode danificar a cartilagem articular abaixo da patela. Se isso acontecer repetidamente, a degeneração da articulação femoropatelar vai muito rápido. Pessoas que têm uma bola alta representa um perigo deluxação da patela . Nesta condição, a patela no fémur senta na sua parte superior, onde a ranhura é muito baixa. Aqui, os lados da ranhura femoral fornecer apenas uma barreira pequena para manter a patela alta no lugar. A forte contração do músculo quadríceps pode facilmente puxar a patela sobre a borda e sulco, levando a luxação da patela. Patela alta é mais comum em meninas, especialmente aqueles que têm flacidez generalizada (frouxidão) em suas articulações. 
Patela baixa: 

Por definição, patela baixa é um quadro de dor anterior no joelho, associado a limitação de movimentos 
em qualquer grau, limitação da mobilidade patelar, havendo uma confirmação radiológica de uma patela em 
posição inferior à média normal de altura patelar, em
um paciente submetido a cirurgia prévia ou a algum tipo de tratamento gessado no joelho acometido


A literatura é discordante a respeito das causas que 
levam a uma patela baixa. Caton & col. 

dividem as 
patelas baixas em dois grupos: o primeiro, associado a 
uma insuficiência ou inibição reflexa do quadríceps com 
ou sem retração tissular; o segundo, associado a uma cirurgia do aparelho extensor.
, por sua vez, associa a patela baixa à distalização excessiva da tuberosidade anterior da tíbia, citando a cirurgia de Hauser como 
a causa principal desta patologia.





Condromalacia (Condropatia Patelar)

Condromalacia ou Condropatia Patelar






A condromalacia ou condropatia "Condro = Cartilagem, patia=patologia ( Doença na cartilagem)" é apresentada pelos seguintes sintomas: dor no joelho na região anterior (na frente do joelho) comum em mulheres. As alterações da cartilagem hialina tendem a evoluir rapidamente e podem levar a inaptidão funcional articular, estando entre as causas mais freqüentes de inaptidão crônica. A reclamação mais importante de pacientes com a SDPF é a dor retropatelar durante atividades como correr, agachar, subir e descer degraus, andar de bicicleta e ao saltar. Uma vez iniciado esse processo patológico, que freqüentemente se torna um problema crônico, o indivíduo é forçado a parar com a prática de esportes e outras atividades. 






A cartilagem hialina é um tecido altamente especializado em resistir a forças de compressão, sendo sua função principal a de facilitar o movimento entre as superfícies articulares, porém, facilmente danificada pelas forças de tensão, tendo uma capacidade regenerativa limitada e estando freqüentemente envolvida em traumas, patologias inflamatórias e degenerativas. As alterações da cartilagem hialina tendem a evoluir e podem rapidamente levar à inaptidão funcional da articulação, estando entre as causas mais freqüentes de inaptidão crônica como no caso da condromalacia.



Etiologia da condromalacia patelar em praticantes das mais variadas modalidades esportivas, acometendo principalmente as mulheres e jovens.



Coxa Femoral ( Vista sagital)









A superfície articular da patela e a superfície articular contígua dos côndilos femurais podem ser afetadas por alterações degenerativas da cartilagem articular por um longo período de tempo, é caracterizada por dor, edema e crepitação retropatelarassociada ao desequilíbrio funcional do músculo quadríceps femuralespecialmente com a hipotrofia do músculo vasto medial e com o encurtamento do trato iliotibial.





condromalacia é produzida pela ação compressiva anormal repetida sobre a cartilagem articular. Esta compressão anormal é derivada da não congruência e da diminuição da área de contato da articulação patelofemural (APF) quando uma subluxação ou deslocamento patelar for causado por um relacionamento anatômico e/ ou biomecânico anormal, podendo também ser causada por radiculopatia lombar e pinçamentos de nervos periféricos.






Classificação dos Graus de Condromalacia


















A cartilagem articular da patela é a mais espessa no corpo e não segue o contorno do tecido ósseo subcondral. Suas facetas articulares variam de pessoa para pessoa em tamanho, natureza, e número. As alterações metabólicas e morfológicas durante o envelhecimento da cartilagem contribuem para desordens tróficas e deterioração da função tecidual.











A habilidade da cartilagem para igualar tensões de contato entre superfícies articulares pode ser comprometida por ondulações no tecido ósseo subcondral e por alterações na sua composição química. Além disto, pode ser afetada por qualquer concentração de tensão gerada pelo excesso de atrito, o que pode reduzir seu conteúdo líquido. As propriedades mecânicas do tecido conjuntivo, como, por exemplo, a habilidade para resistir a tensões, compressões, torções e extensibilidade, são determinadas pela proporção de componentes da matriz extracelular 








A função da cartilagem articular depende da interação entre os componentes da MEC e o fluído intersticial que tem como destino as moléculas de proteoglicanos (PGs). Estando, portanto, este mecanismo de carreamento envolvido nos processos de regulação metabólica dos condrócitos e degeneração da MEC.Isto sugere que uma importante função da superfície articular seja prover uma baixa permeabilidade de fluídos, e, assim, sirva para restringir o fluído exsudato e aumentar a pressurização do fluído intersticial, preservando as propriedades físicas e biológicas do tecido em situações compressivas e de suporte de carga na articulação. As moléculas de PGs são ligadas, covalentemente, a cadeias laterais de glicosaminoglicanos (GAGs). Todas as moléculas de GAGs apresentam carga negativa e têm propensão para atrair íons, criando um desequilíbrio osmótico que resulta em PGs/GAGs absorvendo água dos tecidos adjacentes





O mecanismo inicial de lesão na condromalacia encontra-se na MEC da cartilagem, onde a rede de colágeno sofre rupturas, ocorrendo, a seguir, perda de PGs. Essa degradação da MEC modifica o microambiente dos condrócitos que se torna, por um mecanismo de feed-back, degenerativos e necrosados, da camada superficial até a profunda. A camada de cartilagem progressivamente desaparece e o tecido ósseo subcondral prolifera. Em um esta gio avançado a cartilagem estará completamente destruída, perdendo sua capacidade de regeneração.





Existem seis grandes fontes estruturais de dor patelofemural: tecido ósseo subcondral, sinóvia, retináculos, pele, músculo e nervo. Estas estruturas podem ser afetadas por muitos fatores, inclusive doenças sistêmicas.




A patela é o maior osso sesamóide do nosso corpo, encontrando-se dentro do tendão do músculo quadríceps e se articulando com a face patelar do fêmur para formar a APF três tipos de patela baseados na morfologia desse osso durante a observação em sentido axial. 



Esquema das Variações Anatômicas na Morfologia patelar




Tipo 1 .Facetas medial e lateral côncavas e equiparadas no tamanho.



Tipo 2. Faceta medial menor e lateral maior, ambas côncavas



Tipo 3. Faceta medial menor convexa e lateral maior côncava.




A estimativa do padrão clínico da força lateral, grau de força em valgo transmitida à patela com a contração do mecanismo muscular extensor do joelho, é avaliada medindo-se o ângulo do quadríceps, (ângulo Q) formado pela angulação de uma linha traçada entre a espinha ilíaca anterior superior (EIAS), o ponto central da patela e a tuberosidade da tíbia(sendo os valores normais 10°±5° para homens e 15°±5° para mulheres. Um ângulo Q aumentado significa força lateral maior exercida sobre a patela. Este fato pode, então, auxiliar a explicar a propensão da patela para instabilidade lateral




Esquema Ilustrativa o Ângulo do sulco

A. Plano da face articular do côndilo femural lateral 



B. Plano da face articular do côndilo femural medial.



C. Ãngulo do sulco.







Esquema Ilustrando o Ângulo Q




A estimativa do padrão clínico da força lateral, grau de força em valgo transmitida à patela com a contração do mecanismo muscular extensor do joelho, é avaliada medindo-se o ângulo do quadríceps, (ângulo Q) formado pela angulação de uma linha traçada entre a espinha ilíaca anterior superior (EIAS), o ponto central da patela e a tuberosidade da tíbia, (sendo os valores normais 10°±5° para homens e 15°±5° para mulheres. Um ângulo Q aumentado significa força lateral maior exercida sobre a patela. Este fato pode, então, auxiliar a explicar a propensão da patela para instabilidade lateral.




Deslocando o fulcro de movimento do mecanismo extensor do joelho para o fêmur, a APF produz uma vantagem mecânica, aumentando a força do músculo quadríceps na extensão do joelho. Por causa disto, considerável força é transmitida através da APF, força esta que pode variar de metade do peso corporal durante a deambulação até 25 vezes o peso do corpo quando se ergue um determinado peso com os joelhos fletidos a 90º.










Na extensão total do joelho, a patela está posicionada proximamente aos côndilos femurais e a crista mediana da patela, lateral ao centro do sulco patelar do fêmur. Durante a flexão, a patela entra no sulco patelar aproximadamente aos 15° a 20° de flexão. Quando a patela ocupa o sulco patelar, a crista dos côndilos tem a função de guia Todos os quatro músculos componentes do quadríceps formam o grupo de estabilizadores ativos da patela.




O desequilíbrio da relação patelofemural pode resultar de uma combinação de variáveis nan geometria óssea, função ativa e passiva dos tecidos nmoles, restrições e demandas funcionais. Como resultado, temos tensões desfavoráveis e diminuição da força muscular, excedendo o limite fisiológico dos tecidos e podendo resultar em dano à cartilagem, alterações degenerativas, excesso de tensão nas estruturas ligamentares, falha mecânica e desvios posturais da patela e suporte para prevenir as translações da patela no sentido lateral.





Tratamentos




Falando em tratamento de condromalacia, a divergência entre alguns médico e fisioterapeutas, que consiste no tratamento conservado ou cirurgico. Saliento que cada paciente apresenta um grau de severidade, então não existe um protocolo. O tratamento é individualizado independente da patologia .



Síndrome Fêmoro-Patelar


Existem diversas patologias relacionadas à articulação femoropatelar, sendo a síndrome fêmoro-patelar (SFP) uma das mais comuns e desafiadoras de tratar, compreendendo 25% dos diagnósticos nas clínicas ortopédicas e 30 a 33% dos casos na medicina esportiva e nos centros de reabilitação, ocorrendo mais freqüentemente em mulheres. 
A SFP resulta de um desequilíbrio das forças direcionadas à patela durante seu movimento normal. O paciente é geralmente jovem e ativo e sofre de dor retro-patelar e peri-patelar resultante de longos períodos sentado(sinal do cinema), agachado, ajoelhado, subindo ou descendo escadas, geralmente de início insidioso e progressão lenta. Estas atividades aumentam as forças compressivas da articulação femoropatelar que exacerbam a dor nestes pacientes, geralmente os pacientes relatam os sintomas após uso excessivo da articulação do joelho ou mudança da intensidade das atividades.
Clinicamente, sujeitos com dor femoropatelar relatam limitações na marcha, particularmente durante o subir e descer escadas e andar em planos inclinados. O desconforto associado com essas atividades geralmente resulta em modificação nos padrões da marcha, numa tentativa de reduzir as demandas musculares e, conseqüentemente, a dor. 
Dentre os fatores biomecânicos mais freqüentemente relacionados ao desenvolvimento da SFP, destacam-se o desequilíbrio estático e dinâmico. Entre as alterações no equilíbrio estático, alguns autores afirmam que anormalidades como pronação subtalar excessiva, aumento do ângulo Q, torção tibial externa, retração do retináculo lateral, dos músculos isquiotibiais e do trato iliotibial, patela alta ou baixa, medializada ou lateralizada, anteversão femoral, joelhos valgos e um comportamento patelar inadequado podem causar dor anterior do joelho. Entretanto, outros autores relacionam a SFP com o desequilíbrio dos estabilizadores dinâmicos, principalmente entre os componentes mediais e laterais e, mais recentemente, a porção oblíqua do vasto lateral, o vasto lateral oblíquo.
Considera-se atualmente o desequilíbrio da musculatura extensora, a insuficiência do VMO, a fraqueza dos músculos do quadril, a atividade excessiva, a diferença entre o início da contração muscular (onset) entre VMO e VL como fatores contribuintes para a origem da dor anterior no joelho. Nessa situação, ocorreria um desequilíbrio entre os músculos estabilizadores primários da patela.
 
A força gerada pelo músculo vasto lateral, não sendo adequadamente equilibrada pela força medial do vasto medial oblíquo, resulta em deslocamento lateral e mau alinhamento da patela. O músculo vasto medial oblíquo age como um estabilizador medial para a patela e mantém um alinhamento patelofemoral apropriado durante o movimento do joelho. O desequilíbrio entre o vasto medial obliquo e o vasto lateral resulta em um tracionamento anormal da patela, e conseqüentemente em dor. Então, o reforço muscular do vasto medial obliquo é crucial na reabilitação da síndrome da dor patelofemoral e o principal objetivo da reabilitação são os exercícios que devem modular as atividades relativas dos músculos nos lados medial e laterais para balancear a força de tração patelar. 
Para indivíduos com SFP há a hipótese de que a dor e o aumento dos estresses articulares anormais, conseqüentes do mau tracionamento da patela, possam levar à anormalidade na propriocepção do joelho. O tracionamento alterado afetaria a magnitude e a distribuição das forças atuantes na articulação femoropatelar, especialmente as pressões no interior da articulação. Desse modo, a sensação de compressão, incluindo a sensação de dor, poderia contribuir para a diminuição da propriocepção do joelho.
O tratamento conservador tem-se mostrado eficaz para a SPF, relatando êxito na reabilitação conservadora em 76%. Porém, se não tratada corretamente, na evolução da SPF ocorrem fissuras na cartilagem articular da patela, a partir destas fissuras a cartilagem pode iniciar um processo de desgaste mais acelerado que pode degenerar a cartilagem até o osso subcondral. Para que isso não ocorra, deve-se tratar da SPF e das suas alterações. Em aproximadamente 10 a 20% dos pacientes, o tratamento conservador não apresenta melhora significativa, com dor em atividades da vida diária ou em alguma atividade esportiva mais vigorosa. Indica-se em último caso o tratamento cirúrgico para casos de insucesso com o tratamento conservador, ou em casos de instabilidade patelar com episódios recidivantes de luxações. 
A reabilitação tem como objetivo restaurar a coordenação normal da atividade muscular, especialmente durante movimentos funcionais, usando fortalecimento dos estabilizadores dinâmicos da articulação femoropatelar, com ênfase no vasto medial oblíquo, alongamento dos músculos encurtados, controle motor, uso de modalidades terapêuticas e uso de antiinflamatórios. Estas intervenções podem ser associadas com um resultado clínico positivo incluindo a redução da dor, melhora da função e diminuindo a recorrência da dor. Uma vez que o tratamento conservador é sempre enfatizado como a primeira linha de ação em prol da reabilitação dos indivíduos acometidos por esta síndrome, é importante ao Fisioterapeuta ter pleno conhecimento quanto a biomecânica e as formas de tratamento da SFP utilizadas.

O que é dor femoropatelar?

Dor femoropatelar é um problema comum no joelho. A dor pode piorar quando você está ativo ou quando você se senta por um longo período de tempo e pode estar presente em um ou ambos os joelhos. “Uma dor aguda e frequente sob ou ao redor da frente da patela (rótula), onde ele se conecta com a extremidade inferior do fêmur. Esta dor piora com as atividades como subir ou descer escadas, ajoelhar-se, de cócoras, e de estar com o joelho dobrado por um longo período de tempo. A causa exata da dor femoropatelar não é conhecida. Ela provavelmente tem a ver com a maneira com que sua patela (rótula) move-se no sulco de seu osso da coxa (fêmur). Dor femoropatelar também pode ser o resultado de irritação dos tecidos moles em torno da frente do joelho. Tendões tensos são bastante comuns em atletas. Outros fatores que contribuem para dor femoropatelar incluem uso excessivo, desequilíbrio muscular e alongamento inadequados. Dor que começa em outra parte do corpo, como as costas ou do quadril, pode causar dor no joelho (dor referida).

Em algumas pessoas com este diagnóstico, a patela está fora de alinhamento. Se assim for, atividades vigorosas podem causar estresse excessivo e desgaste na cartilagem da patela. Isso pode levar ao amolecimento e colapso da cartilagem na patela (condromalácia patelar) e causar dor no osso subjacente e irritação da superfície comum.

Fraqueza muscular dos músculos anteriores da coxa (quadríceps) são normalmente associados com dor femoropatelar. A incapacidade para contrair o quadríceps significa que a patela não é mantida em seu canal no osso da coxa (fêmur) e por isso a área de contato da articulação femoropatelar é diminuída, o que leva a um aumento do estresse em outras áreas da superfície articular. A Banda iliotibial (ITB) também influencia a posição da patela e do osso da tíbia.Um desequilíbrio da banda iliotibial leva a um desvio da patela lateralmente quando encurtada.

O que posso fazer para ajudar meu joelho ficar melhor e doer menos?

Fazer uma pausa de atividade física que causa impacto constante em suas pernas, como corrida, vôlei ou basquete. Se você quiser manter o exercício, tente natação ou outra atividade de baixo impacto. Você pode tentar usar a máquina elíptica, que é facilmente encontrada em academias e não causam nenhum impacto nas articulações. Esse tipo de máquinas suportam o seu peso corporal, e colocam menos estresse nos joelhos.

Quando você não sentir mais nenhuma dor em seus joelhos, você pode voltar a seu ritmo normal de atividade física. Mas faça isso devagar, aumentando a quantidade de tempo que você faz da atividade desportiva um pouco de cada vez.

Exercícios específicos podem ajudar a fortalecer os músculos e aliviar a sua dor. Cada exercício deve levar alguns minutos. Fazê-los duas vezes por dia é um bom começo. Siga corretamente a orientação do seu médico e fisioterapeuta que indicarão quais os exercícios que são indicados para você. O tipo de calçado usado também influencia significativamente o alinhamento de suas articulações, é trazer os seus sapatos para serem avaliados por seu médico ou fisioterapeuta. Sapatos adequados para caminhar ou correr pode ajudar a diminuir a dor no joelho. Até mesmo um suporte interno simples para apoio do arco plantar pode ser útil nos casos de pés planos.

Antinflamatórios comprados sem a necessidade de prescrição também podem ajudar a aliviar a sua dor, mas converse com seu médico antes de tomar qualquer medicamento.

Prevenção

Mantenha uma boa forma física. Bom condicionamento geral é importante para o controle e prevenção da dor femoropatelar. Se você estiver com sobrepeso, você pode precisar emagrecer para evitar a sobrecarga nos joelhos.

Alongue-se antes de correr ou de qualquer outro exercício; primeiro faça um aquecimento de 5 minutos, seguido de exercícios ativos de alongamento. Alongamento, específico ao esporte a ser praticado mantém os seus músculos flexíveis e diminui a tendência a irritação das estruturas ao redor do joelho com o exercício. Alongue-se antes e após o exercício. Aumente a intensidade do exercício gradualmente. Evite mudanças bruscas na intensidade do exercício. Aumente a força ou a duração das atividades gradualmente.

Utilize um calçado apropriado para o tipo de exercício escolhido. Use um tênis com boa absorção de choques e qualidade de construção. Certifique-se que os sapatos se encaixam corretamente e estão em boas condições. Se você tem pés chatos, você pode precisar de palmilhas para suporte do arco plantar.

Use boa técnica para correr. Incline-se para a frente e mantenha os joelhos dobrados. Além disso, busque correr em uma superfície lisa, e razoavelmente suave. Nunca corra em linha reta, colina abaixo. Caminhe, ou corra em ziguezague.

Tratamento

O tratamento depende da causa da dor no joelho, e geralmente é não-cirúrgico.

Cuidado Imediato

Pare de fazer qualquer atividade que possa piorar a dor no joelho. Não retome atividades que piorem seus sintomas até que você possa fazê-las sem qualquer dor.

Use a fórmula RICE (Rest, Ice, Compression, Elevation):

Descanso (rest):

Evite colocar peso sobre o joelho dolorido. Alguns atletas mudam temporariamente para uma atividade que não causa sobrecarga, tal como a natação.

Gelo (ice):

Aplique compressas frias ou gelo envolto em uma toalha por curtos períodos de tempo, várias vezes ao dia. A aplicação de gelo nos joelhos por 10 a 20 minutos após a atividade física ajuda a diminuir a inflamação e a dor.

Compressão (Compression):

Use uma joelheira básica com corte para acomodar a patela, permitindo que ela se encaixe perfeitamente sem causar dor.

Elevação (Elevation):

Mantenha sua perna elevada na altura de seu coração quando sentado ou recostado.
Se o seu joelho não melhorar com repouso, depois de 3 ou 4 semanas, contacte o seu médico pois outras medidas podem ser necessárias.

Medicamentos antinflamatórios como a aspirina ou ibuprofeno podem auxiliar no alívio da dor. Seu médico lhe recomendará a medicação correta para seu caso. A síndrome femoropatelar geralmente responde bem ao tratamento precoce e recondicionamento.

Quais são os objetivos do tratamento de fisioterapia para a Síndrome da Dor Femoropatelar?

Em primeiro lugar, para aliviar a dor, isto pode ser conseguido usando técnicas de taping para a patela ou órtese. Modalidades como acupuntura e electroterapia também podem ser útil, juntamente com a mobilização conjunta da patela por um fisioterapeuta. A segunda parte para tratamento é melhorar o deslizamnto da patela em seu sulco na extremidade inferior do osso do fêmur, que poderia envolver exercícios de alongamento dos músculos encurtados ou fortalecimento dos músculos enfraquecidos. As especificidades dos exercícios exigidos devem depender muito das características individuais de cada paciente que são encontradas na avaliação fisioterápica.

Uma das razões mais comuns para a falha no tratamento da dor femoropatelar é o paciente receber um programa de exercícios genéricos, ao invés de um conjunto de exercícios adaptados e específicos para cada paciente. Exercícios fisioterápicos para o tratamento deste diagnóstico não devem ser exercícios de abordagem única para todos os pacientes com este problema.